quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Liga Guineense dos Direitos Humanos denuncia morte de recruta em violências durante instrução militar

Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-BissauA Liga Guineense dos Direitos Humanos denunciou hoje a morte de um recruta no Centro de Instrução Militar de Cumeré, perto de Bissau, na sequência de violências de que terá sido alvo, juntamente com outros recrutas durante este mês.


Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau
De acordo com informações veiculadas por certos órgãos de comunicação social, o processo de recrutamento que decorreu nos últimos três meses e culminou no sábado passado com o juramento à bandeira de um total de 2400 novos militares e paramilitares da Guiné-Bissau, ficou marcado por violências. Segundo as mesmas fontes, os principais alvos das agressões foram pessoas recém-formadas na Academia de Policia em Angola que vieram juntar-se na semana passada aos seus colegas no Centro de Instrução Militar de Cumeré.

Ainda segundo os referidos medias, o balanço destas agressões terá sido de 3 mortos e várias pessoas com sinais visíveis de espancamentos, a Liga dos Direitos Humanos tendo confirmado por seu turno hoje o balanço de um morto. Segundo a RFI pôde apurar junto da Liga dos Direitos Humanos, tratava-se de Lino Regna Nantchongo que exercia as funções de tesoureiro da Direcção-geral de Migração e Fronteiras.

Em entrevista à RFI, Augusto Mário Silva, Presidente interino da Liga dos Direitos Humanos condena essas violências e exige a abertura de um inquérito.

 

Augusto Mário da Silva, presidente interino da Liga Guineense dos Direitos Humanos
(01:22)
 
 

Banco Mundial só paga salários em atraso a professores guineenses em Janeiro

O Banco Mundial vai apoiar o pagamento de salários em atraso aos professores do ensino público da Guiné-Bissau, mas só a partir de janeiro, disse à agência Lusa o coordenador da Comissão Estratégica do país, Huco Monteiro.

Banco Mundial só paga salários em atraso a professores guineenses em Janeiro

A comissão, criada em julho, elaborou uma proposta de Plano de Urgência para vários sectores da Guiné-Bissau, segundo a qual são necessários cerca de cinco milhões de euros para pagar as dívidas aos docentes.

Os ordenados em atraso estão a motivar uma greve de professores com a duração de três meses e que arrancou a 28 de setembro, data em que devia ter começado o ano letivo, mas as escolas públicas continuam paralisadas.

Os autores do Plano de Urgência procuraram um apoio direto ao Orçamento do Estado para pagar os salários em dívida, mas o Banco Mundial "negou essa possibilidade", explicou Huco Monteiro.

Em vez disso, o organismo internacional "vai entregar as verbas através de organizações não-governamentais e outras, com ações no terreno no interior da Guiné-Bissau, e que atuam no âmbito da educação e ensino".

Será desta forma que se vai fazer chegar o dinheiro aos professores do ensino público, explicou, sendo que a modalidade e fatias a entregar estão ainda a ser definidas.

Huco Monteiro receia que, se não houver outras formas de pagar os salários em atraso, o ano letivo "possa estar comprometido".

Entretanto, várias escolas e jardins-de-infância privadas da Guiné-Bissau fecharam as portas na terça-feira e voltam a estar paralisados hoje, em solidariedade para com os alunos das escolas públicas.

A ação foi promovida pela Confederação Nacional das Associações Estudantis (Conaeguib), cujo dirigente, Lamine Indjai, receia que este seja "o pior ano letivo" da história da Guiné-Bissau.

(As Orações de Mansata) a partir de hoje no Teatro Circo, em Braga, é o Português que nos aproxima da tragédia da Guiné-Bissau

Actores de seis países lusófonos interpretam As Orações de Mansata, primeiro texto dramático publicado por um autor guineense, a partir de hoje no Teatro Circo, em Braga

“As Orações de Mansata” é uma adaptação de Macbeth à realidade africana. (…) A obra de Abdulai Sila é a primeira peça teatral da Guiné-Bissau a ser escrita e cuja acção decorre no período pós-colonial. Aliás, é uma das primeiras peças do pós-independência em toda a África. (…) Quem lê a peça deveras percorre com a vista a escrita de um poema dramático em português, com uma mistura cativante de palavras do crioulo da Guiné-Bissau e de línguas indígenas, principalmente mandinga. Para o espectador, não obstante as cenas em que há violência, As Orações de Mansata constitui uma representação teatral tanto visual como oralmente atraente.


(…) Não há dúvida que por meio de sua forma e conteúdo “As Orações de Mansata” contribui, filosófica, social e artisticamente, para o nosso entendimento de vários aspectos da realidade do mundo em que vivemos hoje em dia. É de esperar que no futuro não longínquo também haverá um filme, de distribuição internacional, baseado nesta obra original e principal de Abdulai Sila, um pioneiro no âmbito da expressão cultural da Guiné-Bissau, assim como de todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e, na verdade, de toda a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Fotógrafo Vencedor do World Press Photo regressa à Guiné-Bissau

Com o objetivo de cobrir as eleições gerais da Guiné-Bissau, agendadas oficialmente para finais de novembro, Daniel vai integrar, numa primeira fase da viagem, a equipa de uma missão humanitária a Dulombi, a mesma aldeia guineense onde tirou a imagem de crianças a jogar futebol num campo de terra.Vencedor do World Press Photo regressa à Guiné-Bissau

O fotógrafo português Daniel Rodrigues, distinguido este ano pelo júri do World Press Photo, regressa em novembro à Guiné-Bissau, país onde captou a imagem que lhe valeu o prémio internacional e o reconhecimento profissional, sobretudo no estrangeiro.

A imagem com as crianças de Dulombi foi reconhecida, em fevereiro passado, com o primeiro prémio na categoria Vida Quotidiana do World Press Photo.

Fotógrafo português ganha prémio no World Press Photo
Foto premiada pela World Press Photo.

"Vou para a Guiné-Bissau para cobrir as eleições que acontecem no final do mês [novembro]. Caso aconteçam, é claro. E aproveitando que todos os anos em novembro a missão Dulombi vai para a Guiné, vou com eles. Os primeiros dias vou passar com a missão em Dulombi", disse Daniel Rodrigues em declarações à Lusa via telefone.

Na bagagem, o fotógrafo, natural de Riba de Ave, Vila Nova de Famalicão, leva uma impressão em grandes dimensões da fotografia premiada, que ficará na escola de Dulombi, e várias fotografias pequenas para entregar a cada um dos miúdos.

"Não fazem a mínima ideia que vou lá estar. Não estão à espera da minha visita", disse Daniel Rodrigues, admitindo estar a sentir "um bocado de nervosismo" e de "ansiedade".

"A Guiné-Bissau, aqueles miúdos, aquela aldeia, e a missão, tudo o que está à volta da fotografia, mudou completamente a minha vida e será sempre tocante", sublinhou o fotógrafo.

Questionado sobre as repercussões do prémio na sua vida profissional, Daniel Rodrigues, que estava desempregado na altura do anúncio do prémio internacional, referiu que "as coisas mudaram".

"Tive mais visibilidade, principalmente no estrangeiro. Infelizmente em Portugal não há trabalho. E trabalho mais como freelancer", afirmou Daniel Rodrigues.

Será o caso das eleições na Guiné-Bissau, onde irá trabalhar como freelancer, "mas já com potenciais compradores do trabalho", avançou o fotógrafo, cuja última viagem passou pela Indochina.

A equipa da missão Dulombi, que irá levar material escolar e hospitalar, e alguns brinquedos, parte na sexta-feira de Vila do Conde.

Sindicatos do Ensino Público exigem pagamento de 6 salários em atraso

Os sindicatos de professores do ensino público da Guiné-Bissau apresentaram uma proposta ao Governo para que este pague, pelo menos, seis meses de salários em atraso e garantem que depois disso terminam a greve, que já dura há quase um mês. A proposta partiu da comissão de greve do SINAPROF e SINDEPROF e já é do conhecimento do Governo, que ainda não respondeu aos sindicatos.

 

Apesar de reconhecerem que o país atravessa um momento político difícil, os representantes sindicais consideram que o Governo tem de assumir as responsabilidades no pagamento aos servidores do Estado.

Guiné-Bissau vai ter "eleições Gucci" com orçamento inflacionado

A Guiné-Bissau vai ter umas "eleições Gucci", ironizou hoje o representante especial da ONU José Ramos-Horta, ao revelar que os parceiros internacionais aceitaram um orçamento inflacionado para desbloquear o processo.

"É um orçamento de quase 20 milhões de dólares (14,5 milhões de euros), quando se podia fazê-lo por 10-12 milhões (7-9 milhões de euros)", admitiu hoje, durante uma mesa-redonda no Instituto Real de Relações Internacionais, conhecido por Chatham House, em Londres.

O valor, disse o antigo presidente de Timor-Leste e prémio Nobel da Paz, foi acordado para pôr fim a uma discussão sobre "orçamentos altamente inflacionados" que se prolongava desde junho.

Porém, no mês passado, Ramos-Horta sentou-se à mesa com representantes de vários parceiros, nomeadamente a França e a União Europeia e propôs: "Vamos render-nos, senão não saímos daqui".

O representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau usou o nome de uma marca de roupa e acessórios de luxo para ironizar sobre a questão.

"Com 20 milhões de dólares têm de ser umas eleições Gucci. Terão de comprar t-shirts da Gucci, mas genuínas e não chinesas, e relógios Gucci para todos. É por isso que custará 20 milhões de dólares", gracejou.

A maioria do dinheiro está mobilizada, sendo Nigéria e Timor-Leste os dois principais, cada um com seis milhões de dólares (4,3 milhões de euros), mas referiu que algumas das promessas de apoio ainda terão de ser materializadas.

Se forem reunidos todos os fundos prometido pelos países, salientou, algum do dinheiro em excesso será aplicado em situações de emergência nas áreas da saúde e educação.

José Ramos-Horta apontou fevereiro ou março de 2014 "o mais tardar" para a realização de eleições, em vez de 24 de novembro, como chegou a estar definido no acordo que instituiu um primeiro-ministro e o Presidente interinos após o golpe de Estado militar de abril de 2012.

Além do impasse sobre o orçamento, lamentou a demora na escolha do sistema de voto, que o Presidente Serifo Nhamadjo pretendia inicialmente que tivesse tecnologia biométrica.

"Aparentemente, ele esteve em consultas que demoraram até agosto e só então nos foi dito que não seria o biométrico, mas aquele que a ONU aconselhou, um sistema manual avançado que é suficientemente bom, seguro e transparente", sublinhou.

Ramos-Horta deu conta dos esforços junto dos políticos para acordarem na formação de um Governo inclusivo, com representantes dos principais partidos.

Porém, esta solução só poderá resultar se forem eleitos "dois indivíduos extraordinários - um Presidente que deve ser conciliatório e reconciliados e construtor de pontes e é preciso um primeiro-ministro que seja um gestor excecional de Governo e de pessoas".

O representante da ONU está também já a pensar no período pós-eleições e na necessidade de a comunidade internacional, incluindo instituições como a União Africana e o Banco Mundial, pensarem num programa de três a cinco anos "para reconstruir o Estado".

O antigo dirigente timorense defendeu que deve ser definida uma estratégia para modernizar, nomeadamente, o Ministério das Finanças, o banco central, o setor das pescas, as alfândegas, a agricultura, ou a extração de minério.

"Se a comunidade internacional não tiver visão e determinação, seis meses ou um ano depois das eleições o país pode estar na bancarrota", advertiu.

PS:

Controlem o dinheiro, que eles estão à espera para lhe dar destino, que não as eleições!!!

Produção de arroz cresceu 10 vezes em regiões da Guiné-Bissau apoiadas pela UE e Portugal

A produção de arroz cresceu 10 vezes em dois anos nas regiões da Guiné-Bissau apoiadas por um programa financiado pela União Europeia e pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, anunciou hoje a organização.

O salto de 700 para sete mil toneladas faz parte do balanço do segundo Programa de Descentralizado de Segurança Alimentar (PDSA) que fornece sementes e dá formação aos guineenses para acabar com o problema crónico da escassez de alimentos.

O objetivo é fazer com que cada comunidade sabia como trabalhar a terra e transformar os produtos para ser autossuficiente em termos agrícolas e alimentares.

Neste cenário, estima-se que a segunda fase do PDSA, iniciada em 2011 e que termina em janeiro de 2014, ajude a melhorar as condições de vida de meio milhão de pessoas, segundo os dados hoje apresentados em Bissau por Carla Carvalho, coordenadora do projeto.

Além da produção de arroz, alimento incontornável na dieta alimentar da Guiné-Bissau, foi conquistado um incremento noutros produtos agrícolas e introduzidas novas dinâmicas de gestão, criação de reservas e transformação de cereais, hortícolas e frutícolas.

O PDSA é uma iniciativa do Instituto Marquês de Valle Flôr, sediado em Portugal, em parceria com a Divutec - Associação Guineense de Divulgação de Tecnologias e outras oito organizações da sociedade civil espalhadas pelas diferentes regiões do país.

Entre outros mecanismos, o projeto inclui requisitos mínimos que obrigam cada comunidade a criar reservas de fundos e de sementes para poderem receber novas ajudas, criando assim hábitos de autossustentabilidade, explicou Carla Carvalho.

A reabilitação de "bolanhas" (campos de cultivo de arroz), a construção de poços e de outras infraestruturas também fazem parte das intervenções.

Os resultados do PDSA na Guiné-Bissau foram hoje aplaudidos pela UE.

A União "assumiu o compromisso político de ajudar os países parceiros", como a Guiné-Bissau, "a reduzir até 2025 em pelo menos sete milhões o número de crianças com menos de cinco anos com atrasos de crescimento", realçou Pauline Gibourdel, representante da UE na cerimónia de hoje.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), 27 por cento das crianças guineenses sofrem de subnutrição crónica, cinco por cento da população rural tem uma dieta alimentar pobre e 20 por cento das comunidades rurais vivem com falta de comida.

Agência Lusa

Exploração de recursos Parte da Guiné-Bissau está coberta por áreas protegidas

Cerca de um quinto do território da Guiné-Bissau está coberto por áreas protegidas contra qualquer tipo de exploração de recursos naturais, disse hoje à Lusa o secretário de Estado do Ambiente e Turismo, Agostinho da Silva.

De acordo com Agostinho da Silva, a meta é atingir entre 35 a 40 por cento nos próximos anos, antes de o país se lançar no mercado mundial de carbono - em que se negoceiam permissões para emissão de gases com efeito de estufa.

O governante explicou que a Guiné-Bissau "conseguiu cumprir" o compromisso assumido aquando da conferência mundial sobre as alterações climáticas, no Japão, em 2010, na qual prometeu ter este ano 24,7 por cento do território classificado.

Atualmente existem cerca de uma dezena de áreas protegidas, enquadradas em parques e reservas naturais.

Agostinho da Silva destacou o parque natural de Orango, com ilhas onde existem variedades de hipopótamos, o parque natural das ilhas de João Vieira e Poilão, com espécies raras de tartarugas, e o parque da ilha de Formosa, que recebe todos os anos diferentes espécies de aves migratórias.

Em julho, o Governo decretou a zona de Dilumbé/Tchetche como área protegida por lei, onde é proibida qualquer tipo de caça e abate de árvore, e prepara-se para fazer o mesmo nas localidades de Bula/São Vicente, "justamente para evitar que se acabem com as sebes (um tipo de árvore)", naquela zona, declarou Agostinho da Silva.

"Entendemos que daqui a dez anos não será possível termos sebes para a construção de casas devido à forma como esse recurso é explorado atualmente", notou o secretário de Estado do Ambiente e Turismo.

A lei guineense proíbe a concessão de qualquer tipo de licença de exploração nas áreas protegidas, mas nos últimos anos, mesmo com a proibição, madeireiros têm praticado o corte abusivo da floresta do país, o que tem motivado reação da população.

Em diferentes zonas da floresta guineense podem ser vistos toros de madeira, fruto de corte de árvores de grande porte.

O secretário de Estado do Ambiente e Turismo diz que o Governo decidiu confiscar toda essa madeira.

"O Governo mandatou-nos, a mim e ao ministro da Agricultura, [para] proceder ao escoamento dos toros de madeira que estão espalhados pelas nossas florestas", afirmou Agostinho da Silva, sublinhando que doravante essa prática será interdita.

"Quem tentar violar essa disposição do Governo vai ter problemas com a lei", observou Agostinho da Silva, frisando que mais leis estão na calha.

"Estamos a trabalhar no sentido de criar brevemente uma lei sobre crime ambiental, uma lei sobre a proibição de construção nas áreas protegidas, assim como um regulamento sobre o sistema de áreas protegidas na Guiné-Bissau", disse.

Agostinho da Silva afirmou que a produção legislativa só não avançou ainda por falta de meios financeiros, já que o país vai ter que contratar peritos internacionais.

UCCLA PROMOVE ENCONTRO DE ESCRITORES DE LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL

A UCCLA - União das Cidades Capitais da Língua Portuguesa organiza nos dias 7 e 8 de Novembro o IV Encontro de Escritores de Língua Portuguesa - EELP, em Natal, no Brasil.

A edição deste ano do Encontro de Escritores integra-se no Festival Literário de Natal, organizado pela Prefeitura de Natal, que decorre de 6 a 9 de Novembro, com o objectivo de promover o diálogo e o enriquecimento recíproco entre escritores do Rio Grande do Norte, com os do Brasil e com as diferentes literaturas de expressão em Língua Portuguesa.


Este IV encontro tem como tema geral “Os prazeres da vida”, no qual serão analisados os subtemas: “A literatura e o humor”, “A literatura e a gastronomia” e “A literatura e o erotismo”.


O evento decorrerá na Tenda dos Escritores, na capital do Rio Grande do Norte, e reunirá nomes reconhecidos nacional e internacionalmente nas áreas da literatura e da linguística, em torno do intercâmbio entre os escritores de língua portuguesa dos diferentes continentes.


Entre os escritores brasileiros convidados estão: António Cícero, Arnaldo Niskier, Caetano Veloso, Diógenes da Cunha Lima, Eucanã Ferraz, João Paulo Cuenca, Marina Lima, Mauro Ventura, Milton Hatoum, Murilo Melo Filho, Ronaldo Correia de Brito, Rubens Figueiredo, Tatiana Salem, Tom Cardoso, Zeca Camargo e Zuenir Ventura.


Dos escritores estrangeiros confirmados estão: Germano de Almeida (Cabo Verde), Tony Tcheka (Guiné-Bissau), Luís Carlos Patraquim (Moçambique), Alice Goretti Pina (São Tomé e Príncipe), Celina Oliveira (Macau), António Fonseca (Angola, Luanda), Afonso Cruz, João de Melo, José Carlos de Vasconcelos, Mário Zambujal, Nuno Camarneiro e Ricardo Araújo Pereira (Portugal).


Além das iniciativas associadas ao festival haverá, ainda, cinema, encontros da comunidade escolar e universitária de Natal com os escritores presentes no Festival, uma feira do livro, uma feira gastronómica e muitas outras atividades culturais.

Visões e Missões da Fortune Global 100 “Vejam quem comanda o mundo”

terça-feira, 29 de outubro de 2013

OPINIÃO

“Nós e o pesadelo da desagregação estrutural da Nação”

A desagregação estrutural de uma Nação compadece com o servilismo, laxismo, clientelismo e desorganização do aparelho “Estado e Administração Pública” e não com os objetivos de unificação que se pretende, tendo em conta os valores morais, ética e política, competência, meritocracia e reconhecimento, conceitos esses que deveriam ser transversais à sociedade civil e à classe política.

Ler mais : http://novasdaguinebissau.blogspot.pt/p/canal-livre-opiniao.html

TERRORISMO DIPLOMÁTICO – investigação DC

TERRORISMO DIPLOMÁTICO – investigação DC

 


A nova face visível da máfia diplomática que está instalada nos circuitos diplomáticos do regime golpista de Bissau. Um esquema montado e comandado pelo 'presidente de transição', o seu fantoche e 'primeiro ministro de transição', pelo 'ministro dos 'negócios estrangeiros' mas, principalmente pelo 'secretário de estado das comunidades', Idelfrides Fernandes, vulgo "Didi". 

Este cidadão oriental, simpático, talvez educadíssimo, tem de apelido Wan e 'Mike' é a sua graça. É chinês, porém tem mais duas nacionalidades: a canadiana (reside no Canadá) e, claro, a guineense. Como ditadura do consenso tinha anteriormente denunciado, foi o Mike o principal protagonista da presença inusitada do presidente golpista, Serifo Nhamadjo nas instâncias máximas das NU. Foi ele que pagou o sésamo da entrada do regime golpista na última assembleia geral das NU. 

Conseguiu esse almejado protagonismo a que se propôs o regime golpista, à custa de milhões de dólares. Primeiro, corrompendo o fragilizado Representante da Guiné-Bissau nas NU e, resolvendo-lhe alguns problemas pessoais e financeiros, nomeadamente, pagando-lhes os seus atrasados salariais, algumas dívidas pessoais nos EUA, subsidiando as necessidades dos seus familiares em Bissau e, engajando-se na resolução de um problema que o filho do referido diplomata está neste momento envolvido. E como o DC tinha igualmente avançado, assumiu todas as despesas inerentes - das viagens à estadia da delegação golpista. Mais... também financiou a viagem do presidente golpista a Meca e mais uma vintena dos seus séquitos, além de ter pago um milhão de dólares em espécie diretamente ao presidente golpista.

Pergunta-se que ganhos terá (ou tem) o empenhado do Wan na causa golpista. Muita coisa, coisas até mirabolantes como poderão ler a seguir.

Mike Wan, à revelia do MNE, foi ilegalmente nomeado pelo presidente golpista, Serifo Nhamadjo, Embaixador Itinerante, Extraordinário e Plenipotenciário da Guiné-Bissau na Indonésia (quiçá o primeiro Não guineense a ser nomeado a um posto destes);

Ao Mike Wan, foi-lhe concedido o "direito de emissão" de passaportes da Guiné-Bissau, paradoxalmente, não para os cidadãos guineenses, mas sim para os cidadãos chineses que pretendem viajar para o Canadá através do sésamo guineense. Um "direito", que esconde um negócio que gera milhões de dólares, pois cada passaporte custa acima de 100 mil dólares, sem incluir o visto para o Canadá, pois nesse caso atinge mais do dobro;

Mike Wan, aluga aviões em nome e a favor do presidente de transição com o qual viaja em "avião presidencial" para vários pontos dos seus negócios. Muitas vezes esse aluguer é feito conforme o itinerário das suas conveniências pessoais e de negócios, levando sempre o aparvalhado presidente à boleia, e que sem dar conta serve de escudo para encobrir os seus sombrios negócios.

Um outro escândalo diplomático que está a abalar e abalará, para sempre, a credibilidade externa da Guiné-Bissau passa-se na embaixada do país em Dakar. Casos mirabolantes de autênticos feirantes golpistas que se dizem diplomatas estão a passar-se nessa nossa representação diplomática. Essa representação, para além de ter um embaixador mafioso e sem escrúpulos, possui igualmente um dito "Cônsul" desprovido de perfil e sem capacidades para exercício desse importante cargo. Comportamentos menos dignos desses representantes da Guiné-Bissau são muitos que seria impossível enumera-los, contudo, só para terem uma ideia mínima do que se passa nessa representação diplomática da Guiné-Bissau, vamos a alguns factos:

Há menos de quatro meses, o embaixador foi posto em contacto com um empresário espanhol interessado em investir na Guiné-Bissau. Desse contacto, nasceu o "negócio" de lhe ser facultado um passaporte diplomático pela módica quantia de 50 mil euros mais outros favores, pedidos e prebendas pelo meio. Tudo bem, até quando, não podendo o espanhol deslocar-se de novo a Dakar por imperativos de negócios e, tendo urgência por um lado, o espanhol do passaporte e, por outro lado, o embaixador do "taco", o engenhoso embaixador teve a má ideia de... pôr a sua própria impressão digital no passaporte e enviar para o amigo espanhol. Até aqui tudo bem, até à altura em que o empresário, ao viajar, foi controlado por via do passaporte diplomático e constou-se de que o passaporte estava viciado, ou seja, a impressão digital que nela constava não era do espanhol. Mas de quem era então??... Após aturadas investigações, apurou-se de que eram do...Embaixador da Guiné-Bissau no Senegal, Dr. Embaló.

Sabe-se que o assunto é do conhecimento do PRT, do MNE e do SEC, mas nada é feito porque o ilustríssimo embaixador é protegido do PRT. Quota étnica obligé, pois em vez de ser DEMITIDO e PRESO, o embaixador trapaceiro esta impávido e sereno no seu posto. Porém, o assunto é também do conhecimento do MNE do Senegal que, por entre sussurros "desconsideram" o nosso representante nas terras da Teranga.

Consta igualmente que os nossos passaportes de serviços estão a ser vendidos aos "marabouts" e a altos dignitários religiosos do Senegal entre 2 a 3 milhões de Francos cfa. Estes, na falta de passaportes diplomáticos que lhes eram distribuídos como pãezinhos quentes pelo regime deposto, recorrem aos nossos serviços consulares, com cumplicidade interna, para comprarem os nossos passaportes de serviço que lhes facilitam a obtenção de vistos no espaço Schengen. 'Compreende-se' em parte esta situação, pois a embaixada está com 12 meses de salários em atraso, os ex-diplomatas e os actuais estão a ser despejados diariamente das suas casas. Nesse espectro de carência, o Cônsul em funções tem-se manifestado pela negativa, pois mais parece um pedinte, batendo a porta de todos, não escolhendo meios para expressar os seu drama que é a "falência". Pobre diplomacia guineense...

Infelizmente, é nesta cacofonia diplomática que a Guiné-Bissau esta mergulhada: máfia, corrupção, indecência de postura e falta de dignidade.

A tudo isto, acresce o engarrafamento de representantes e cônsules em vários países, principalmente na sub-região ocidental e países do Médio Oriente, onde 2 a 3 representantes ou cônsules chegam a ter a mesma credencial, ora passada pela presidência, ora pelo PM, ora pelo MNE/SEC.

Esperemos que no fim deste regime hediondo de mafiosos uma auditoria severa e concludente seja feita ao regime, principalmente ao MNE, onde decerto muito lixo e pouca vergonha será desenterrada.

Salvem a Guiné-Bissau.
 
António Aly Silva – Ditadura do Consenso
 
 

Feiticeiros 'transmitem' doenças na Guiné-Bissau

Na Guiné-Bissau, boa parte da população ainda acredita que as doenças são transmitidas por algumas pessoas como forma de vingança ou crime contra outras, explicou à Lusa o diretor nacional da Polícia Judiciária, Armando Namontche.

As crenças em bruxaria são um obstáculo à prevenção da Cólera e prova disso são as queixas que as autoridades ainda recebem "de vez em quando", relatou o diretor.

Em Safim, localidade próxima da capital, Bissau, houve mesmo um magistrado do Ministério Público que emitiu acusação e mandou para julgamento uma pessoa suspeita de praticar feitiçaria contra outra, recordou.

Na altura, há cerca de um ano, "foram abertos processos disciplinares contra os magistrados" envolvidos, referiu Armando Namontche.

O caso já lá vai, mas ilustra uma realidade com que as autoridades ainda são confrontadas e que levaram Namontche a participar em ações de sensibilização para prevenção da Cólera, juntamente com o Ministério da Saúde, no sul do país.

Numa das aldeias da região, uma antigo surto da doença atingiu mais uma etnia do que outra e o facto foi usado na época como prova de que aquela que estava imune estava a atacar a outra etnia, recorda um dos técnicos de saúde no terreno.

Mais tarde, médicos verificaram que os grupos populacionais tinham diferentes costumes de convivência, que ajudavam a travar ou propagar a Cólera.

É neste contexto que o diretor da PJ ajuda a explicar à população que as doenças não são "transmitidas por inimigos", que querem "matar deliberadamente determinada pessoa", mas sim por falta de cuidados de higiene ou tratamento de água.

"Tudo tem a ver com o baixo nível de escolaridade", pelo que os esclarecimentos acabam por ser "uma medida preventiva", sublinhou.

Segundo Armando Namontche, a falta de informação é um problema que se verifica "um pouco por todo o país: como magistrado assisti a muitos casos de feitiçaria que não aceitámos".

"Temos de continuar a fazer este trabalho de sensibilização. É uma tarefa essencial", concluiu.

A epidemia de Cólera já atingiu 379 pessoas e fez 24 mortos desde março, na Guiné-Bissau, afetando sobretudo a região de Tombali.

Guiné-Bissau: Presidente da Federação de Futebol diz que foi traído Por membros do Comité Executivo

Bissau - O Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), Manelinho Nascimento Lopes, disse que foi traído pelos membros da sua direcção, apontando os elementos do Comité Executivo da organização desportiva.

Manuel Nascimento Lopes sublinhou que tudo que era discutido em confidencialidade ao nível da federação, uma hora depois já era conhecido pela imprensa.


«Quando é assim não é a minha pessoa que está a ser traída, é a Guiné-Bissau que está em causa», disse Manelinho Nascimento Lopes, reconhecendo que algumas destas pessoas já não se encontram atualmente na sua direcção.


O responsável pela FFGB concluiu que houve falhas da sua parte, que justificou com falta de experiência: «Era necessário trabalharmos em conjunto porque eu tinha pouca experiencia, mas houve falhas de arrogância e traição, porque houve erros até na nomeação dos membros do Comité Executivo», disse Nascimento Lopes, desmentindo que tenha ameaçado Ino Embalo, um dos vice-Presidentes da FFGB.


De acordo com Manuel Nascimento Lopes, a falha partiu da sua nomeação com os restantes seis membros deste Comité Executivo porque «as pessoas que hoje fazem o que fazem, agora na minha direção, não tinham coragem de fazer a mesma com coisa com a antiga direção da FFGB».


Interrogado sobre o prémio prometido no início da época passada à equipa vencedora do campeonato da Primeira Liga Guineense, Manuel Nascimento reafirmou a sua promessa, indicando o prazo de meados de Novembro para a entrega dos 10 milhões de Francos Cfa. à equipa de Mansoa.


Apesar de tudo, o responsável pelo futebol no país considerou muito positivo, perspectivando a próxima época desportiva de melhores, tendo revelado apoio de CAF para a FFGB.


«Temos o projeto de Canchungo, onde as empresas pedem somas avultadas entre 400 a 800 mil euros, por parte das empresas nacionais. Isto não vai acontecer comigo», disse o Presidente da FFGB.


Nesta entrevista que durou cerca de 74 minutos, o responsável queixou-se ainda da falta de apoio do Governo ao desporto nacional, observando os vários problemas que o Ministério da tutela do desporto enfrenta com as greves dos professores: «Quando existe apoio para o desporto esta verba não chega ao destino e os jogadores não beneficiam deste dinheiro. Quando é assim, como podemos ter bons resultados depois da competição?», interrogou Manelinho Nascimento Lopes.

Serifo Nhamadjo anuncia nova data das eleições esta quinta-feira, com apoio financeiro garantido pela comunidade internacional

Bissau - O Presidente de transição, Manuel Serifo Nhamadjo, vai anunciar, a 31 de Outubro, a nova data para as eleições Gerais na Guiné-Bissau, podendo ainda manter-se a data inicial de 24 de Novembro.

Em declarações à imprensa depois do seu regresso da 17.ª Cimeira da União Económica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA), que teve lugar a 25 de Outubro em Dakar, no Senegal, Serifo Nhamadjo garantiu ter obtido fundos para que o prazo estipulado por lei seja cumprido.


Na reunião de Dakar não foi estabelecida uma nova data para as eleições Gerais na Guiné-Bissau. Contudo, o Presidente de transição disse já estar resolvido o problema dos fundos necessários para o processo, garantido em parte pela organização regional.


Sobre o mesmo assunto, o Primeiro-ministro cabo-verdiano disse, este sábado, 26 de Outubro, que a cimeira extraordinária da CEDEAO manteve o dia 24 de Novembro para as eleições Gerais na Guiné-Bissau.


Em declarações à agência Inforpress em Dakar, José Maria Neves indicou também que os Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) exortaram as autoridades de transição guineenses, no poder desde o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, a empenharam-se nos preparativos para o processo eleitoral.


Segundo José Maria Neves, apesar das dúvidas quanto à existência de condições para a realização das eleições, já que o processo de recenseamento eleitoral ainda não teve início a menos de um mês do escrutínio, a CEDEAO continuou a pressionar a realização das eleições para o mais brevemente quanto possível.


José Maria Neves lembrou a disponibilidade de Cabo Verde para apoiar tecnicamente o ato eleitoral, mas assegurou que a questão vai ser acompanhada de perto pela CEDEAO e que os recursos financeiros estão a ser mobilizados.


José Maria Neves indicou que, durante a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, teve oportunidade de falar com o Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, a quem manifestou disponibilidade para apoiar o processo eleitoral, mas apenas do ponto de vista técnico.


A CEDEAO já conseguiu mobilizar, para a realização das eleições na Guiné-Bissau, cerca de 16 milhões de dólares (perto de 11,7 milhões de euros), que se juntam aos dois milhões de dólares (1,47 milhões de euros) disponibilizados pela Nigéria para o apoio logístico.

Violação dos direitos humanos no Centro de Instrução militar de Cumeré

Bissau - O processo de recrutamento militar e policial que decorreu nos últimos três meses na Guiné-Bissau, ficou marcado por graves violações dos direitos humanos no Centro de Instrução Militar de Cumeré.

Registaram-se três mortes e várias pessoas regressaram às suas residências com sinais visíveis do espancamento de que foram alvo por grupos de militares, tidos como seus instrutores. Trata-se de uma iniciativa com pouca explicação legal, conforme disse à Imprensa a esposa de uma das vítimas, que é também agente paramilitar.


«Não posso ficar calada com esta situação, vou informar o ministro do Interior. O meu marido voltou para casa em estado de coma e sofre de problemas de tensão arterial, nunca vi um recrutamento deste tipo», lamentou a agente paramilitar.


Neste processo os alvos eram pessoas recentemente formadas em Angola, que desembarcaram na noite de terça-feira, 22 de Outubro, em Cumeré, onde se juntaram a outros elementos que lá se encontravam para o juramento de bandeira.


Na sequência destas acções de agressão verbal e espancamento faleceu um dos elementos da Guarda Nacional, Lino Regna Nantchongo, que desempenhava funções de Tesoureiro da Direcção-geral de Migração e Fronteiras.


«Nunca vi uma coisa assim, a minha sobrinha disse que foi violentamente espancada até por pessoas que conhece», disse uma das vítimas. Outra fonte relatou que os recém-formados são colocados no chão, para serem pisados e pontapeados pelos seus instrutores.


Num total de cerca de 2.400 pessoas, entre militares e polícias da Guarda Nacional, é a primeira vez que se procede ao recrutamento conjunto entre as duas forças da autoridade, cujas missões são completamente distintas.


No dia do juramento apenas os militares dispunham de uniformes para o efeito, tendo os restantes elementos da força da ordem realizado os votos com roupas de civil.


Falando no acto, António Indjai pediu que as armas não sejam mais levantadas contra «Governos ou contra a população guineense». A cerimónia deste juramento foi conduzida pelo Presidente da Assembleia Nacional Popular, Ibraima Sory Djalo.


Proveniente de Cumere, uma parte dos novos recrutas apresentou-se na manha deste Domingo, 27 de Outubro, no Estado-maior General das Forças Armadas.

A União Europeia Patrocina Djumbai Temático sob o Tema: “Organizações da Sociedade Civil e Eleições: Experiências da Sub-Região”

No dia 30 de Outubro de 2013, pelas 9h30 horas, no Salão Paróquial (Rua Justino Lopes, em frente à Western Union, Praça, Bissau), a Delegação da União Europeia junto da República da Guiné-Bissau e a Comissão Justiça e Paz, Direitos Humanos e Desenvolvimento, assinalam a realização da sétima sessão do Programa Djumbai Temático sob o tema: “Organizações da Sociedade civil e Eleições: Experiências da Sub-Região”.

Este Djumbai conta com a participação dos seguintes convidados de Organizações da Sociedade Civil baseados em Dakar:

· Abbé Alphonse Seck, Comissão Justiça e Paz Senegal

· Emmanuelle Ndione, ENDA Tiers Monde Senegal

· Kevin Adomayakpor, One World Dakar

Os Djumbais organizados no quadro do Programa de Apoio aos Actores Não-Estatais (UE-PAANE) consistem num conjunto de debates promovidos junto da sociedade civil guineense, no intuito de promover a reflexão sobre temas de relevante actualidade. Assim os actores não estatais são melhor preparados para participarem de maneira activa e qualificada na identificação das políticas e estratégias de desenvolvimento nacionais.

clip_image002[4]                      clip_image002

Este projecto é co-financiado pela União Europeia   Nô Pintcha Pa Dizinvolvimentu

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

“Urgente repor ordem na Guiné-Bissau” Domingos Simões Pereira, ex.secretário-geral da CPLP e militante do PAIGC em entrevista ao Jornal Notícias de Moçambique

Presidente de transição da Guiné-Bissau diz que já há dinheiro para eleições

O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, afirmou hoje que "já há dinheiro suficiente" para a realização de eleições gerais numa data a ser marcada pelas forças vivas guineenses "na próxima semana".

Em declarações aos jornalistas, vindo de Dacar, onde participou numa cimeira extraordinária da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), que terminou na sexta-feira, Nhamadjo afirmou que "mais do que o orçamento" o financiamento para as eleições está garantido.

Questionado pela agência Lusa sobre se o dinheiro de que fala seriam 19 milhões de dólares, como noticiado pela imprensa, o Presidente de transição guineense respondeu que apenas pode dizer ser mais do que foi orçamentado pelo Governo de Bissau.

Em declarações à Lusa, na sexta-feira, o representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta considerou "inflacionado" o orçamento previsto para as eleições, que segundo disse, seriam 20 milhões de dólares.

Já na quarta-feira, a União Europeia havia disponibilizado dois milhões de euros para o processo eleitoral guineense.

Sobre a data concreta para a realização do escrutínio, e por que tecnicamente não será possível realizá-lo no dia 24 de novembro, Serifo Nhamadjo disse que primeiro vai reunir-se com "as forças vivas" e só depois anunciar uma nova data.

O Presidente disse que vai convocar o conselho de Estado na terça-feira, na quarta presidirá ao conselho de ministros "para ouvir as disposições técnicas do Governo" e na quinta-feira vai ouvir os partidos políticos.

Nhamadjo disse estar "muito tentado" a aguardar para anunciar a data exata depois de quinta-feira, frisando também que todos os prazos previstos pela lei eleitoral guineense serão respeitados.

O Presidente guineense sublinhou que a questão do dinheiro "já não poderá ser desculpa" para que as eleições não tenham lugar.

"A posição que a CEDEAO tomou, em termos do orçamento, já cobre todas as necessidades, desde o recenseamento eleitoral, sensibilização dos eleitores e as eleições em si", afirmou Serifo Nhamadjo.

A Guiné-Bissau é dirigida pelas autoridades de transição desde o golpe de Estado de 12 de abril de 2012, protagonizado pelo chefe das Forças Armadas, general António Indjai.

A comunidade internacional, à exceção da CEDEAO, suspendeu a cooperação com o país, exigindo o retorno à ordem constitucional a partir de eleições gerais justas e transparentes.

MB // NS

Agência Lusa

domingo, 27 de outubro de 2013

PAIPA-DC, as novidades de julho a outubro

A partir de julho a chuva caiu como só na Guiné-Bissau o sabe fazer. Apesar de se sentir a sua força crescente a alimentar a terra e as culturas nela acomodadas, é nos meses de setembro e de outubro que tradicionalmente as populações da Guiné-Bissau mais dificuldades sentem.

Implementam-se então, formas de contornar esses défices estimulando-se a produção das culturas de "
tempo da chuva" como o milho-bacil, milho-cavalo, feijão, mandioca, batata-doce e mancarra. Para salvaguardar sementes destas plantas para 2014 concebeu-se e implementou-se um campo de demonstração de técnicas e banco de sementes na Tabanca de Dinga Bantanguel, Região de Gabu.

Com a situação periclitante do preço da castanha de caju e na dependência do rendimento auferido pela sua venda por grande parte dos agricultores guineenses, urge pensar em culturas de rendimento concorrentes ou paralelas. A cultura do sésamo, do algodão ou o investimento na 
fruticultura são opções.

O arroz, cereal, alimento, base da dieta dos guineenses, medida da perceção da fome na Guiné-Bissau, é o centro de todas as atenções. Após os receios prematuros de uma 
época chuvosa fraca veio o desenvolvimento seguro
.

Venham e juntem-se a nós.

Líder golpista apela à paz na Guiné-Bissau

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, exortou hoje os militares a nunca mais pegarem em armas "contra o povo".

António Indjai apela a que militares não peguem em armas "contra o povo"   (se não fosse grave dava para RIR!!!!!!!!) 

Na cerimónia de juramento de bandeira de 2.400 novos militares e paramilitares da Guiné-Bissau, no centro de instrução militar de Cumeré, no norte do país, António Indjai pediu aos militares para que "nunca mais voltem a pegar em armas contra o povo, porque as armas são compradas com o dinheiro do povo e para servir o povo".

Indjai, liderou o golpe de Estado militar de 12 de abril, que derrubou as autoridades eleitas.

Os elementos que a partir de hoje passam a fazer parte das Forças Armadas guineenses são soldados, polícias, guardas alfandegários, guardas florestais e pessoal afeto à Guarda Nacional, mas que se tinham juntado ao exército "de forma anárquica", de acordo com uma fonte do Governo.

A maioria desses elementos juntou-se às Forças Armadas durante o conflito político-militar de 1998/99, que levou à deposição de João Bernardo 'Nino' Vieira por uma Junta Militar.

O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Ibraima Sory Djaló, que presidiu ao ato, disse que no cômputo geral, a atuação das Forças Armadas nos últimos 15 anos tem custado caro ao país, pelo que era chegada a altura de acabarem com sobressaltos.

"Há 15 anos que não temos paz neste país. Apelo às nossas Forças Armadas para que acabem com os sobressaltos para que possamos arrancar para o desenvolvimento", enfatizou Sory Djaló.

Os novos elementos das Forças Armadas estiveram três meses no centro instrução militar de Cumeré.

ELEIÇÕES SEM DATA DEFINIDA

ainda está por decidir a data da realização de eleições na Guiné-Bissau, que, ao contrário do previsto,  não foi decidida na cimeira dos chefes de Estado da África Ocidental que decorreu no Senegal . A data só deverá ser conhecida após consultas com as forças vivas guineenses.

A cimeira de Dacar analisou os vários cenários possíveis mas recomendou ao Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, que faça consultas no país e só depois determinar uma nova data do escrutínio.

Inicialmente as eleições gerais estavam marcadas para 24 de novembro mas atrasos na organização do processo fazem com que o escrutínio tenha que ser adiado.