sábado, 31 de agosto de 2013

O processo eleitoral domina os debates na Guiné-Bissau.

Governo e parceiros internacionais bem como os partidos juntam-se em reuniões para analisar os preparativos para a realização de eleições gerais marcadas para 24 de Novembro próximo.

Mas a situação ainda está difícil, segundo contou o representante da União Africana na Guiné-Bissau, Ovídeo Pequeno.


Ainda não existe um orçamento para o processo eleitoral,o recenseamento ainda não começou e há um cronograma eleitoral... prazos legais que devem ser respeitados.


Mas, ao que tudo indica com o cumprimento do cronograma, os prazos legais as eleições poderão não ter lugar em Novembro, o que levou a realização ontem de um encontro com os partidos para sensibilizá-los sobre a necessidade de encurtar esses prazos para que as eleições tenham lugar na data marcada, uma vez que a CEDEAO na reunião de Yamoussoucro fixou o fim de transição para 31 de Dezembro próximo.


Alguns partidos concordaram com a redução dos prazos legais como é o caso do PAIGC e do PRS.


Mas a reunião ainda vai continuar hoje com a Comissão Nacional de Eleições,Governo,Comunidade Internacional(Nações Unidas,União Africana e CEDEAO).


Hoje vão analisar os orçamentos para o processo eleitoral.

Medicamentos em garrafas de cerveja

Garrafas reutilizadas na Guiné-Bissau para serem utilizadas no combate às doenças.

Ao longe parece cerveja, mas os rótulos artesanais mostram que as garrafas foram limpas e reutilizadas para distribuir medicamentos naturais na Guiné-Bissau, explicou fonte da Caritas guineense à agência Lusa.

Xaropes para atacar crises de hepatite, paludismo e outras doenças são feitos com plantas medicinais e estão expostos na Feira de Medicina Tradicional Africana que se iniciou na sexta-feira e termina este sábado nas instalações da Curia Diocesana de Bissau e Bafatá.

Além dos xaropes, há chás, sementes e produtos em pó, muitos distribuídos em embalagens iguais às de medicamentos e angariadas por médicos estrangeiros que colaboram com o projeto.

O preço destes produtos feitos com plantas da Guiné-Bissau varia entre 300 e 1200 francos CFA (entre 45 cêntimos e dois euros).

A Caritas refere que a procura por este tipo de produtos "triplicou de 2012 para 2013", o que a organização acredita dever-se à crise que afeta o país, mas também graças à credibilidade que as plantas medicinas estão a conquistar, muito devido aos testemunhos de vários pacientes.

Atualmente, são produzidas por mês 150 doses de cada medicamento (em garrafa ou outros recipientes), vendidos em farmácias instaladas em Bissau, Mansoa e Contuboel.

Falta de Alimentos no Centro Nutricional de Gabú

O único Centro de Recuperação Nutriconal da cidade de Gabú enfrenta crise.

O centro tem ruptura de stock de géneros alimentícios e de medicamentos, muma altura em que que 25 das crianças que frequentam o centro sofrem de desnutrição elevada.


As crianças deviam internar, mas devido à falta de leitos, uma parte recebe tratamento ambulatório, disse a responsável do Centro, Silvina Mendes, enfermeira.


O Centro de recuperação funciona dentro do hospital regional de Gabú. Foi criado pelas Congregação das Irmãs Franciscanas Clarissas em 1999 para responder a casos de desnutrição das crianças na altura do conflito armado em que a Guiné-Bissau esteve mergulhado.


Passados 15 anos, a desnutrição continua a ser o problema na região de Gabú e a cidade situa-se no topo da lista com a mais elevada taxa de desnutrição no país.


O centro vive com ajuda de Programa Alimentar Mundial, das Dioceses de Bissau e Bafatá e a ajuda de pessoas de boa vontade.

Presidente da LGDH considera ter sido sequestrado pela PJ

Bissau – O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Luís Vaz Martins, foi convocado esta quinta-feira, 29 de Agosto, pela Brigada de Homicídios da Polícia Judiciária (PJ), dois dias depois de ter apresentado uma prova de vida da cidadã guineense Enide Tavares Soares da Gama, que estava dada como morta.

Um ficheiro de ´áudio´ apresentado pela LGDH como prova de vida da cidadã Enide Tavares Soares da Gama, contraria as mais recentes afirmações do Chefe de Estado-maior General das Foras Armadas, António Indjai, que a dava como morta.


Para o Presidente da LGDH, não se compreende a razão da sua convocação pela brigada de homicídios da PJ, uma vez que em nenhuma circunstância afirmou que Enide Soares da Gama estava morta mas, pelo contrário, foi a sua organização que apresentou provas de que a cidadã se escontra com vida.


O responsável pela organização guineense afirmou que «toda esta ´cosmética´ não passa de uma tortura psicológica porque a exposição das informações que tinha para prestar não podiam ir além de trinta minutos, mas fui obrigado a ficar nas instalações da PJ durante mais de cinco horas. Mesmo assim, depois de eu ter assinado os autos, os agentes ainda me detiveram à espera do sinal do Director Nacional da Polícia Judiciária, para autorizar a minha libertação», revelou Luís Vaz Martins.


O Presidente da LGDH disse que a sua organização está aberta à colaboração institucional com as autoridades judiciais, mas jamais vai colocar em risco a segurança de Enide Soares da Gama, que se encontra num lugar com garantia de sigilo.


«A Liga nunca vai expor publicamente a imagem de Enide, a menos que ela manifeste tal vontade. Está em causa o direito à boa imagem de uma cidadã traumatizada e em estado de choque».
A 27 de Agosto, a LGDH apresentou o testemunho de Enide Tavares Soares da Gama, que confirmou que está viva, contrariamente aos recentes manifestos do Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, António Indjai, que a dava como morta.


A cidadã guineense foi julgada e condenada em Cabo Verde por tráfico de droga e, mais tarte, expulsa daquele país sob a escolta de dois agentes da Policia Nacional Cabo-verdiana, em Julho. Os oficiais foram presos em Bissau, despoletando o mais recente conflito político-diplomático entre o Governo cabo-verdiano e as autoridades de transição da Guiné-Bissau.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Gabinete Integrado da ONU para a Guiné-Bissau inaugura escritório regional em São Domingos

Bissau - O Gabinete Integrado das Nações Unidas de Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), vai inaugurar, este Domingo, 1 de Setembro, um gabinete regional em São Domingos.

A criação da nova unidade surge com o objectivo de melhorar a capacidade do UNIOGBIS, de forma a poder prestar melhor assistência aos seus parceiros nacionais, ao nível regional.


A cerimónia oficial de inauguração vai decorrer na vila de São Domingos, onde se irá estabelecer o novo escritório regional das Nações Unidas. O evento vai contar com a presença de altos funcionários das Nações Unidas e da Guiné-Bissau, das autoridades tradicionais locais e de outros convidados.

Cooperação ao nível do ensino superior Universidades da Guiné-Bissau e da Guiné Equatorial assinam acordo

Bissau – O Presidente do Centro de Investigação Cientifica e Tecnológica da Guiné Equatorial (CICTE) assinou, a 27 de Agosto, com a Reitora da Universidade Amílcar Cabral (UAC), na Guiné-Bissau, um acordo de intenção entre as duas instituições do ensino superior.

O convénio rubricado por Anacleto Olo Mibuy e Odete Semedo visa o intercâmbio entre o CICTE e a UAC, a formação de professores da Guiné Equatorial em língua portuguesa, em Bissau, e o envio de professores de português para as universidades de Malabo.


O acordo foi firmado no âmbito da visita de uma delegação equato-guineense à Guiné-Bissau, na sequência da apresentação pública da fundação «Obiang Nguema Mbasogo e Amílcar Cabral».


Em declarações aos jornalistas, Anacleto Olo Mibuy destacou a importância da medida na promoção das línguas portuguesa e espanhola.


Para Odete Semedo, este acto marca o início de uma cooperação sólida entre Bissau e Malabo, no domínio da formação superior entre os dois países.


A convite da Fundação «Obiang Nguema Mbasogo e Amílcar Cabral», uma delegação da Guiné-Equatorial efectuou uma visita de cinco dias à Guiné-Bissau, onde procedeu à apresentação pública da referida fundação. A missão manteve também encontros de trabalho com as autoridades de transição, incluindo o Presidente Manuel Serifo Nhamadjo.


Criada por um grupo de jovens da Guiné-Bissau, em Novembro de 2011, a fundação «Obiang Nguema Mbasogo e Amílcar Cabral» tem como objectivo contribuir para a melhoria da qualidade do ensino formal e informal através de pesquisas, bem como promover a investigação da história e da cultura entre os dois países.


A promoção da agricultura, da pecuária e da produção de alimentos visando o desenvolvimento sustentável, bem como a promoção da língua portuguesa entre a Guiné-Bissau e a Guiné Equatorial são, de entre outras, metas definidas pela fundação.

Defensoria garante liberdade a estudante da Guiné-Bissau acusado de roubo

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro obteve, nesta quarta-feira, 28, a concessão do habeas corpus que garantiu a liberdade ao estudante de Guiné-Bissau, D. L. S.  . A decisão foi tomada pelo desembargador da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, Paulo Rangel, nesta quarta-feira. 

O estudante intercambista da UFRJ estava preso desde o dia 15, na Cadeia Pública Juíza Patrícia Acioli, em São Gonçalo, acusado de roubar dois celulares em Jacarepaguá. 

O habeas corpus foi impetrado, na última sexta-feira, pelos defensores públicos do Núcleo do Sistema Penitenciário Felipe Almeida, Alexandre Inglez e Leonardo Meriguetti, para que D. pudesse responder ao  processo em liberdade.

Eliminada no Mundial, Taciana diz: "agora todos conhecem Guiné-Bissau"

Atleta brasileira, que disputa o Mundial de Judô pelo país africano, comemorou retorno ao cenário internacional, mesmo caindo na segunda ronda. “Quem conhece minha história, sabe que eu sou abençoada de estar aqui hoje”

Se Felipe Kitadai não conseguia esconder a decepção por ter caído logo na primeira luta no Mundial de Judô do Rio de Janeiro, na última segunda-feira, as lágrimas que escorriam no rosto de Taciana Lima tinham uma ponta de frustração, sim, mas, acima de tudo, levaram alívio e satisfação.

Eliminada do torneio na segunda luta, valendo uma vaga nas quartas de final, diante da belga Charline Snick (bronze em Londres 2012), a lutadora da categoria ligeiros, a mesma da campeã olímpica Sarah Menezes, preferiu ver o lado positivo do trabalho e, sobretudo, da história de vida. Apesar de brasileira, ela competiu por Guiné-Bissau.

Taciana Lima compete pela seleção de Guiné-Bissau Foto: André Naddeo / TerraTaciana Lima compete pela seleção de Guiné-Bissau

"Hoje eu estou em um campeonato mundial, com meu treinador, então acho que é muito bom lutar no Brasil. Ninguém conhecia Guiné-Bissau, e agora todo mundo conhece. Fico muito feliz por estar conseguindo transformar algo em um país que não tem cultura esportiva", explicou a judoca, que lutou pelo país africano, que na última Olimpíada levou uma delegação de apenas quatro atletas para solo londrino.

 

Guiné-Bissau quer reforçar controle de navios de pesca estrangeiros

navio de pesca

O presidente do Sindicato Nacional dos Marinheiros da Guiné-Bissau (Sinamar), João Cá, quer que as autoridades do país apertem o controle de navios de pesca estrangeiros, disse em declarações à agência Lusa.

De acordo com o sindicalista, parte do peixe capturado na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) guineense é atirado borda fora, violando a lei, porque muitos navios pesqueiros apenas se preocupam com a captura de camarão.

João Cá estima que o prejuízo anual com esta prática ronde, pelo menos, 100 milhões de euros em peixe desperdiçado, número que o ministro de transição com a pasta das pescas, Mário Lopes da Rosa, considera "exorbitante".

O governante disse à Lusa que não coloca em causa as afirmações de João Cá, mas realça que os próprios armadores de pesca estarão a "deitar fora" dinheiro se atirarem borda fora qualquer espécie de peixe.

A União Europeia (UE) é atualmente a principal parceira comercial da Guiné-Bissau na área das pescas.

De acordo com as contas de João Cá, o país ganha atualmente sete milhões de euros por ano com o Fundo de Compensação da UE para o setor, mas se existisse um controlo rigoroso seria possível "ganhar muito mais".

"De cada vez que um navio de arrastão manda a rede para o mar, captura mais de 500 quilos de camarão, mas também apanha muito peixe: como não é aquele que querem, atiram-no borda fora e é muito dinheiro que se perde", acrescentou.

O presidente do Sinamar disse já ter alertado as autoridades guineenses para o assunto em várias ocasiões, mas queixa-se de ainda ninguém ter tomado qualquer medida para alterar a situação.

O sindicalista teme que a venda de licenças aos barcos de armadores da UE, da China e da Coreia do Sul não esteja a apoiar o desenvolvimento das pescas na Guiné-Bissau, nem a economia do país.

"Dizem que o setor da pesca representa 40 a 45 porcento do Orçamento Geral de Estado, mas eu digo que se for bem explorado e controlado poderia pagar todo o Orçamento de Estado da Guiné-Bissau e muito mais", concluiu João Cá.

Confrontado pela Lusa com as queixas do presidente do Sinamar, o ministro de transição com a pasta das pescas, Mário Lopes da Rosa, considera que as estimativas são exageradas.

"Todos os barcos que estão nas nossas águas territoriais, seja qual for o tipo de pesca que fazem, têm um sistema de tratamento do pescado, ao apanharem o peixe que não lhes convém transformam-no em farinha em vez de jogá-lo ao mar", declarou o governante.

"Não estou a ver nenhum armador a atirar peixe ao mar, porque está jogando dinheiro fora. Dizer que esse valor pode ascender a 100 milhões de euros é um valor exorbitante", defendeu Mário Lopes da Rosa.

O ministro admite, no entanto, que possa haver um ou outro barco que incorra nesse tipo de comportamento, mas encara-os como excepções.

Crise diplomática com Cabo Verde : LGDH apresenta prova de vida da cidadã dada como morta

Bissau - A cidadã guineense que está no centro da última crise diplomática entre as autoridades de transição da Guiné-Bissau e o Governo cabo-verdiano, dada como morta pelo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, António Indjai, declarou publicamente que está «sã e salva», esta terça-feira, 27 de Agosto.

O testemunho de Enilde Tavares Soares da Gama foi conhecido esta terça-feira, através da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), que confirmou que a cidadã está bem de saúde e se encontra na Guiné-Bissau. Estas declarações contrariam o discurso do Chefe de Estado-maior General das Foras Armadas, António Indjai, que deu a cidadã como morta sem, no entanto, ter citado o autor do crime.


Julgada e condenada em Cabo-verde e, mais tarte, expulsa daquele país, a cidadã guineense foi acompanhada, em Julho, por dois agentes da Polícia Nacional cabo-verdiana. Enide Soares da Gama esteve na origem da última crise diplomática registada na relação entre Bissau e a Praia, depois da polémica captura de José Américo Bubo na Tchuto, antigo Chefe de Estado-Maior da Armada guineense, pelas autoridades norte-americanas.


Preocupada com a sua segurança, Enide Tavares Soares da Gama solicitou uma maior protecção ao Estado guineense, esta terça-feira, e apelou à serenidade entre as autoridades de transição da Guiné-Bissau e o Governo cabo-verdiano.


«Eu vivia em Cabo-verde, presa, e voltei à minha terra. Em consequência houve polémica, envolvendo o meu país e o Governo cabo-verdiano, por minha causa. Informo, entretanto, que estou viva e graças a Deus estou bem de saúde. Peço ao Estado que me proteja e que cesse a polémica entre os dois países», referiu a cidadã guineense.


Enide Soares da Gama foi expulsa de Cabo Verde em Julho. Os dois agentes da Policia Nacional cabo-verdianos que a escoltaram foram presos pelos Serviços de Informação do Estado, sob a acusação de crimes contra a Segurança Interna e Externa do país.


A libertação dos dois oficiais aconteceu depois de uma intervenção político-diplomática, adicionada à defesa jurídica para que o Ministério Público arquivasse o processo, alegando falta de provas.

A União Europeia reforça Cooperação Regional contra a pesca ilegal na Guiné-Bissau

A União Europeia relança as actividades de fiscalização e de cooperação com a Guiné-Bissau no âmbito do seu programa regional de fiscalização marítima.


O programa disponibilizou um montante de cerca de três mil e trezentos milhões de Francos Cfa (cinco milhões de euros) para os países da sub-região, com o objectivo da conservação dos recursos pesqueiros, luta contra a pesca ilegal e protecção da pesca artesanal.

 
No âmbito do programa, serão realizadas operações de vigilância nas águas territoriais da Guiné-Bissau, modernização de equipamentos técnicos, assim como a realização de actividades de formação.


O Chefe da Delegação da União Europeia, Embaixador Joaquin González-Ducay, ressaltou que a "retoma do programa regional de fiscalização marítima testemunha o compromisso da União Europeia na protecção dos recursos marinhos como fonte de riqueza para a Guiné-Bissau e a sua população. Nesse sentido, o programa insere-se na linha das preocupações manifestadas pela União Europeia, assim como pelas Nações Unidas, pela União Africana, e pela CEDEAO, relativas à importância da preservação e gestão dos recursos naturais da Guiné-Bissau, incluindo a exploração sustentável dos recursos marinhos e terrestres."

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Guiné-Bissau negoceia funcionamento de central eléctrica

O Governo de transição da Guiné-Bissau está a negociar combustível que garanta o funcionamento da central elétrica da capital até final do ano, mas "haverá sempre falhas", disse hoje o porta-voz governamental, Fernando Vaz, à agência

As dificuldades de fornecimento de combustível têm agravado o "apagão" crónico nos últimos três meses, motivando queixas de utentes que até já se organizaram numa comissão.

Fernando Vaz referiu à agência Lusa que o Governo de transição deu uma garantia de 150 milhões de francos CFA (cerca de 230 mil euros) para melhorar o fornecimento durante este mês e "está a negociar o fornecimento até final do ano".

O porta-voz do Governo de transição refere que a situação será melhor que nos últimos três meses, mas "haverá sempre falhas".

"Iremos fornecer alguma parte da cidade, outra irá estar no escuro, mas isso é o habitual, é o que feliz ou infelizmente a nossa gente já está habituada", referiu.

Uma rede obsoleta, geradores que precisam de manutenção e uma empresa de Eletricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB) a precisar de saneamento, são os obstáculos apontados por Fernando Vaz.

"Herdámos este problema: durante 40 anos de independência é cíclico e quase endémico", acrescentou.

Para o porta-voz, "hoje pretende-se, como que por magia, que se resolva um problema estrutural que não se conseguiu resolver durante estes anos todos".

Fernando Vaz referiu que o Governo de transição está ainda a tentar implementar dois projetos de centrais fotovoltaicas, com potências de 10 e cinco megawatt, por forma a baixar o preço da energia, que aponta como um dos mais elevados da subregião africana e até do mundo.

Lusa.

Cabo Verde deve manter contacto com Guiné Bissau

Ex- Presidente Pedro Pires
Ex- Presidente de Cabo Verde  Pedro Pires
Numa entrevista à Rádio pública de Cabo Verde, o ex-Presidente Pedro Pires considerou que as autoridades da Praia devem preservar o contacto com as suas homólogas da Guiné Bissau.     

As relações entre a Praia e Bissau têm-se caracterizado nos últimos tempos por uma tensão, que registou um crescendo com o golpe de Estado militar de 12 de Abril de 2012 na Guiné-Bissau.

O golpe ocorrido antes  da segunda volta da eleição presidencial na Guiné Bissau, foi severamente criticado pelas autoridades cabo verdianas que puseram em causa a postura das Forças Armadas guineenses como factor de instabilidade permanente no país da África Ocidental.

Mais recentemente, a detenção pelas autoridades da Guiné Bissau de dois agentes da polícia cabo verdiana que se tinham deslocado à Bissau para acompanhar uma ex-prisioneira  guineense, exacerbou o clima nas relações entre os dois países da CPLP(Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).

Exprimindo-se na Rádio Nacional de Cabo Verde, o antigo Presidente Pedro Pires considerou que não obstante a tensão que prevalece entre as duas capitais africanas, as autoridades da Praia não devem encetar um processo de ruptura com as suas homólogas de Bissau.

Cabo Verde deve contribuir para que os mecanismos do exercício pleno de um Estado de direito possam funcionar na Guiné Bissau, de acordo com o ex-Chefe de Estado cabo verdiano.Pedro Pires recomendou também, que  futuramente todas as missões oficiais de agentes do Estado cabo verdiano à Guiné Bissau se efectuem sob condições de segurança. 

 

Correspondência de Odair Santos
(01:41)
 
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Campanha eleitoral : Oficiais do Serviço de Informação do Estado envolvidos em actividades políticas

Bissau – Os altos oficiais do Serviço de Informação do Estado (SIE) da Guiné-Bissau estão activamente envolvidos em actividades políticas, nomeadamente nas campanhas eleitorais dos partidos políticos e dos candidatos.

Estas revelações constam das recomendações finais da 1.ª Conferência Nacional do SIE e da Direcção Central de Inteligência Militar, que decorreu recentemente em Bissau.


De acordo com o mesmo documento, neste aparelho de investigação do Estado guineense é cada vez mais notável a crescente tentativa de partidarização de SIE, com a nomeação dos seus dirigentes com base nas afinidades político-partidárias.


«Enquadramento nas estruturas de elementos apoiantes de partidos políticos e de candidatos sem a prévia observância dos critérios que presidem à seleção dos candidatos no SIE», lê-se no documento.
No âmbito político, os participantes deste encontro entendem que as instabilidades políticas cíclicas que a Guiné-Bissau viveu nos últimos anos têm vindo a minar as relações de confiança conseguidas pelo SIE durante o período de luta armada de libertação nacional.


«Esta situação teve e continua a ter efeitos profundamente nefastos nos esforços de afirmação da soberania, unidade nacional e consequente consolidação do Estado emergente de um longo processo de luta de libertação», dizem os conferencistas.
No que toca à abertura política na Guiné-Bissau nos anos 1990, os participantes deste encontro afirmaram que o aparelho de segurança não estava minimamente preparado para a transição multipartidária.


Neste sentido, o documento indica que o novo contexto de multipartidarismo constituiu um factor de vulnerabilidade, o que tornou os oficiais do SIE facilmente aliciáveis pelos diferentes actores políticos nacionais, desviando assim os princípios que nortearam a actividade operacional do SIE.


Para ultrapassar a situação, os participantes da 1.ª Conferencia Nacional do SIE e da Direcção Central de Inteligência Militar concluíram que existe a necessidade de criação de um regulamento do organismo, estatutos de carreira contemplando o regime remuneratório especial como previsto na lei, atribuição de incentivos de isolamento e de riscos aos efectivos de SIE.


A criação do mecanismo de colaboração e coordenação entre o SIE e a Direcção Central de Inteligência Militar por forma a flexibilizar as suas capacidades operacionais e diminuir as eventuais barreiras no cumprimento das suas missões, a reintrodução do funcionamento integral da ficha individual e disciplinar para cada agente com o fim de evitar as promoções e graduações injustas e incompatíveis com as respectivas aquisições académicas foram algumas recomendações saídas do encontro em Bissau.


Reciclagem aos formadores no domínio das ciências políticas e a reactivação da Escola Nacional da Polícia foram outros aspectos abordados durante o encontro.

Estudantes finalistas na Rússia voltam a sofrer com falta de condições : Desalojados das universidades

Bissau – Tal como nos anos anteriores, os estudantes guineenses na Rússia que terminaram as suas formações estão a sofrer com falta de condições básicas de sobrevivência.

São mais de 40 os finalistas guineenses que estão numa «situação indesejável» e a maioria reside actualmente na sede da representação diplomática da Guiné-Bissau em Moscovo, que também não oferece condições dignas, obrigando os recém-licenciados a dormirem no chão das salas e dos gabinetes.


«As autoridades competentes devem assumir as suas responsabilidades que passam pela retirada imediata dos finalistas», defendeu um dos recém-finalistas que, ao mesmo tempo, tranquilizou os pais e encarregados de educação, no sentido de estarem «calmos e esperançados» porque a situação será resolvida num «curto espaço de tempo».


Informações apontam para que as autoridades guineenses estejam cientes da situação e prometam medidas com vista a fazer os estudantes voltarem ao seu país.


De referir que a situação se repete todos os anos, colocando os finalistas em situação de abandono uma vez que são desalojados das universidades depois de concluído o curso. Há alguns anos, as entidades diplomáticas guineenses foram alvo de severas agressões verbais por parte dos estudantes em situação de desespero.

A União Europeia reforça o seu empenho na luta contra a epidemia de cólera

Uma Missão do departamento de Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO) deslocou-se à Guiné-Bissau de 19 a 23 de Agosto. Durante a missão, os técnicos constataram que as medidas para controlar o surto de cólera no ano passado na Guiné-Bissau são insuficientes no âmbito de acabar com a epidemia, que ainda
persiste.

Desde Agosto de 2012 até a data presente, foram registados 4103 casos de cólera, morrendo 44 pessoas divido à falta de cuidados adequados.

A última vaga da epidemia foi assinalada na região de Tombali.
"Trata-se de uma comunidade isolada com acesso limitado aos centros de saúde. Embora os números de casos permaneçam limitados, o rigor e a tomada de decisão deve ser a mesma, independentemente da magnitude da epidemia.

É necessário intensificar as medidas preventivas nessas comunidades, porque a chuva pode fomentar a rápida propagação da doença" adverte o Dr. Jean-Louis Mosser, chefe da Missão.

 
Após ter concedido um financiamento à UNICEF, em 2012, e a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2013, para garantir e melhorar as condições de higiene e de saneamento em áreas de alto risco e para o tratamento de casos epidémicos de cólera, a
União Europeia continua a acompanhar de perto a situação juntamente com os serviços de saneamento do país.

 
A ajuda da União Europeia insere-se no âmbito de uma estratégia a nível da sub-região para a capacitação da prevenção da doença assim como encontrar respostas rápidas ao tratamento de casos epidémicos de cólera, principalmente ao longo da costa Oeste
Africana, onde a bactéria dispõe de meio fértil para se propagar.

Nos últimos dez anos, a epidemia da cólera tem estado a aumentar na África Ocidental, com cerca de 100 mil pessoas directamente afectadas pela doença e milhares de mortes registados anualmente.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Órgãos do PAIGC reúnem-se para discutir data do congresso

Os órgãos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) reúnem-se a partir de hoje terça-feira para discutir a realização do congresso do partido.


Terça e quarta-feira vai reunir-se o bureau, um órgão restrito do PAIGC, antecedendo o encontro do comité central do partido, marcado para sexta-feira e para sábado, de onde deverá sair a data do congresso.


O PAIGC é o partido com maior representação na Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau.


Recorde-se que as eleições gerais no país estão marcadas para 24 de novembro.


O facto de o PAIGC ainda não ter marcado a data do congresso fez com que dezenas de militantes entregassem, na passada sexta-feira, na sede do partido, em Bissau, um abaixo-assinado, no qual se mostravam preocupados com a situação, pedindo medidas urgentes.

Universidade do Rio de Janeiro atua por estudante guineense preso

A reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revelou na noite de segunda-feira estar a acompanhar "com especial atenção e empenho" o caso de um estudante guineense, preso em meados do mês sob a acusação de roubo.

O jovem, de 22 anos, é aluno no curso de arquitetura e urbanismo da UFRJ ao abrigo de programas de intercâmbio e foi detido a 15 de agosto depois de ter sido acusado de roubo de aparelhos telefónicos móveis no bairro de Jaracarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Em comunicado, a instituição diz que sua situação de estudante estrangeiro, com restrições financeiras e distante dos familiares "mobiliza o apoio da reitoria" e garante que estão empenhados em "preservar os seus direitos constitucionais e sua integridade física e moral".

A Universidade informa ainda que o Ministério das Relações Exteriores e a embaixada da Guiné-Bissau já foram contatadas.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Banco Africano retoma projectos na Guiné-Bissau

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou hoje que vai retomar parcialmente os projectos financeiros na Guiné-Bissau que estavam suspensos desde o golpe de Estado militar de 12 de Abril de 2012.

O anúncio foi feito por Toussaint Houeninvo, líder da comitiva do BAD que se reuniu hoje com o primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, em Bissau.

No final do encontro, aquele responsável referiu que o banco não vai apoiar "novos projetos", mas que "será retomada a discussão sobre os que já estavam em curso", nomeadamente, os investimentos no porto de Bissau e num dos hospitais da capital.

"A boa nova é que, para os projetos existentes, o diálogo foi retomado", referiu Toussaint Houeninvo, esclarecendo que não há verbas em discussão.

"Não estamos a falar de doações", sublinhou, mas sim da "retoma" de discussões sobre projetos.

Depois do encontro de hoje, técnicos do BAD vão deslocar-se a Bissau para avaliar no terreno qual o ponto de situação dos investimentos apoiados pelo banco e avaliar a respetiva evolução com todos os parceiros, desde as autoridades locais até aos fornecedores de cada projeto.

Para além da reunião com o primeiro-ministro de transição, a comitiva tem hoje encontro marcado com a comissão que está a preparar um plano de emergência para a Guiné-Bissau em vários setores.

Questionado pela agência Lusa sobre a importância que o BAD atribui à realização de eleições gerais para continuar com as operações, o líder da comitiva do BAD disse esperar que o escrutínio se realize a 24 de novembro.

"Desejamos que as eleições se realizem" na data marcada, referiu, compromisso que disse ter sido reafirmado pelas autoridades de Bissau.

Seja como for, Toussaint Houeninvo considerou que "há progressos: há um Governo inclusivo, há esforços", e referiu que a retoma parcial de atividades do BAD na Guiné-Bissau reflete sobretudo uma "preocupação social".

"O BAD está ao lado da população da Guiné-Bissau", realçou.

O Banco Africano de Desenvolvimento é uma organização multinacional que tem por missão fomentar o desenvolvimento no continente africano.

domingo, 25 de agosto de 2013

Entrevista de Domingos Simões Pereira, Candidato à Liderança faça PAIGC, rádio Pindjiguiti

É simplesmente FANTÁSTICO! Temos um Senhor e um grande Político, quem ouvir a entrevista não terá dúvidas da grandeza deste Senhor.

https://soundcloud.com/dsimoespereira/entrevista-na-r-dio

China vai financiar construção do Palácio da Justiça de Bissau

A China vai financiar a construção do Palácio da Justiça de Bissau. O investimento é de cerca de 10 milhões de euros e a China já escolheu a empresa construtora.

A China e a Guiné-Bissau assinaram um documento conjunto para financiar a construção do Palácio.

Em Maio passado, representantes dos dois países já haviam assinado um acordo, mas somente com a assinatura deste recente documento fica oficializada a parceria.

António Indjai terá mentido e afinal Enide está viva

A cidadã guineense que o chefe das Forças Armadas do país, António Indjai, disse que teria sido morta em Cabo Verde afinal está viva, anunciou hoje, em comunicado, a Liga Guineense dos Direitos Humanos.

Na última semana, falando na abertura da primeira conferência nacional dos Serviços de Informação de Estado (SIE, a «secreta» guineense) e Contrainteligência Militar, o general António Indjai acusou as autoridades de Cabo Verde de terem assassinado uma cidadã guineense que lá se encontrava detida por tráfico de droga.

«A senhora que foi acusada de tráfico de droga em Cabo Verde, que dizem que deportaram para Bissau, na verdade foi assassinada. Mas ninguém das nossas autoridades quis perguntar os verdadeiros contornos deste caso», disse António Indjai.

Em comunicado a que agência Lusa teve hoje acesso, a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) diz ter ficado «preocupada» com a denúncia da alegada morte da cidadã guineense e desenvolveu diligências que conduziram a um encontro com a mulher.

«Com base nas diligências efetuadas, cumpre-se o dever de esclarecer a opinião pública nacional e internacional: a direção da LGDH manteve um encontro no dia 22 de agosto de 2013, em Bissau, com Enide Tavares Soares da Gama, tendo constatado que ela se encontra sã e salva», lê-se no comunicado.

Na mesma nota, a Liga pede às autoridades que providenciem medidas de segurança de forma a Eneide da Gama veja garantida a plena reintegração na sociedade.

Por outro lado, a direção da Liga reafirma a sua «firme determinação» em continuar a promover e proteger os direitos humanos na Guiné-Bissau.

Lusa

sábado, 24 de agosto de 2013

Governo de transição na Guiné-Bissau reconhece importância dos régulos, autoridades tradicionais

Bissau, 24 ago - O primeiro-ministro do governo de transição na Guiné-Bissau, Rui de Barros, reconheceu hoje que os régulos, autoridades tradicionais, fazem falta ao poder central na gestão dos assuntos das populações, a nível local.

No discurso de encerramento do 2.º Fórum Nacional de Régulos, que juntou mais de 140 chefes locais de todos os cantos da Guiné-Bissau, Rui de Barros disse que o governo, o Estado e o país "têm a ganhar" com os régulos ao seu lado.

Autoridades tradicionais com amplos poderes durante a época colonial, os régulos deixaram de ter qualquer capacidade de intervenção com a independência do país, facto que os próprios consideram ser prejudicial para o equilíbrio social na Guiné-Bissau.

Durante dois dias e por iniciativa do Ministério da Administração do Território e Poder Local estes chefes locais estiveram a analisar o projeto dos estatutos pelos quais vão passar a orientar-se no seu relacionamento com o poder político e as populações.

Os estatutos, já aprovados pelos régulos, devem ser agora submetidos ao Conselho de Ministros e posteriormente à Assembleia Nacional Popular para que sejam adotados como lei.

Ao responder aos apelos do régulo Augusto Negado Fernandes, que falou em nome dos restantes, o primeiro-ministro de transição prometeu que o governo irá analisar os novos estatutos dos régulos numa das próximas reuniões do Conselho de Ministros.

"Vamos tudo fazer para que os vossos estatutos sejam rapidamente aprovados", disse Rui de Barros, enumerando as contribuições que o governo espera receber na gestão dos assuntos das populações.

Segundo o primeiro-ministro, o régulo não poderá ser confundido com autoridade do Estado e nem fazer justiça, mas poderá ajudar o governo local na divulgação de leis, decisões, campanhas de saúde, entre outras iniciativas.

"É um parceiro privilegiado" do Governo, destacou.

"O régulo deve sensibilizar a população a pagar imposto, por exemplo, a combater a desflorestação ou ainda na luta contra o casamento forçado ou precoce", observou Rui de Barros.

A manutenção da paz social, da unidade nacional e de um clima de tranquilidade durante as próximas eleições gerais de 24 de novembro são outras das tarefas em que o primeiro-ministro quer ver os régulos empenhados.

MB // VC

Lusa

ÚLTIMA HORA: Morreu esta tarde, em Lisboa, Zeca Castro Fernandes.

Morreu esta tarde, em Lisboa, Zeca Castro Fernandes.

 

O malogrado foi companheiro da linha da frente - e de sempre - do nosso saudoso músico José Carlos Scwhartz, pioneiro da música moderna da Guiné-Bissau.

 

Que a terra lhe seja leve. O editor do Novas da Guiné-Bissau endereça as mais sentidas condolências para toda a família, nesta hora de dor e sofrimento. Tinha 71 anos.

Quando a África desperta contra a China ...

 | AFP / RODRIGO ARANGUA

Muitas vezes críticas, às vezes admiração, escritores e observadores medir a velocidade de aumento do comércio entre Pequim eo continente Africano de 6,5 bilhões em 2000 para 166.000 milhões dólares americanos em 2011 (4,9-125.000.000.000 de euros). Este crescimento não passou sem problemas com os poderes históricos em África , como a França, Grã -Bretanha e os Estados Unidos, estes e outros ( Japão e Coréia do Sul ), muitas vezes usando a tela Fundo Monetário Internacional (FMI) eo Banco Mundial, para questionar práticas chinesas no continente. No entanto, a maioria dessas preocupações transmitidas pelo Ocidente, uma outra música começa a ouvir a partir de africanos. Se os críticos da China em África sempre tiveram seus advogados, eles estão se tornando mais frequentes e pode acabar em prejuízo para o investimento chinês.

O artigo do Financial Times , publicado em 11 de março pelo governador doBanco Central da Nigéria , Sanusi Lamido, mostra como a percepção da China em África está mudando. Mr. Lamido, que viveu na China, segunda potência mundial duramente crítico. Ele acusa especialmente para comprar as matérias-primas da África e vender produtos manufaturados, transformando raramente no local, impedindo a industrialização. Ele chama este método econômico para a "essência do colonialismo." Mr. Lamido também criticou a visão romântica ainda enfrenta muitos africanos vis-à-vis a China, como deveria ser, como todas as outras grandes potências, considerado como um concorrente em uma economia globalizada.

Alguns países africanos estão agora enfrentando Pequim. Outside sobre Sanusi Lamido , as práticas de empresas que enfrentam estatal chinesa cada vez mais questão. No Níger, por exemplo, o ex-presidente Mamadou Tandja, em 2008, assinou um contrato com a empresa petrolífera chinesa CNPC para desenvolver o campo Agadem e construir uma refinaria na grande cidade do sul de Zinder.Cinco anos depois, uma auditoria encomendada pelo governo e conduzido pela Ernst & Young, que mostra a nota apresentada para Niamey foi inflado várias centenas de milhões de dólares. Se o Estado não lutar, esperado por óleo receitaNiger será bastante reduzido quando o petróleo vai ser exportado (cerca de 2015-2016). China faz tudo para suprimir este assunto muito embaraçoso.

O Gana embarcou em uma campanha para expulsar os trabalhadores chineses presentes ilegalmente no território e trabalhando no setor de mineração desde o início do ano. Ganenses ressentimento lidar com a chegada em massa e muitas vezes ilegal de trabalhadores chineses na mineração de ouro (chamado 50.000 pessoas) agora é entendido pelas autoridades. Eles não escondem a comunicarsobre o caso, o estatuto de novo produtor de petróleo permite-lhe ainda selecionarparceiros.

Outro exemplo de aparente deterioração das relações sino-africanas: Gabão , onde a empresa Addax, comprada pelo governo chinês através da Sinopec em 2007, foi remover o campo de petróleo Obangue em dezembro de 2012. Se as condições para a retomada do depósito são questionáveis ​​do ponto de vista legal, continua a ser muito menor do que geopoliticamente Gana governo do Gabão, não hesita em atacar frontalmente a superpotência chinesa.

Tais eventos tendem a multiplicar-se . Eles mostram uma certa amargura do povo africano, agora transmitidas ao pico mais alto nos Estados Unidos.Presidente zambiano, Michael Sata, foi eleito em 2011 em um programa de garantia de reequilibrar a relação com os chineses, muito ativo nas minas de cobre. A percepção da China entre muitos africanos está se deteriorando rapidamente, e os líderes do continente não pode o ignorar . Esse reequilíbrio com este país-continente se tornar um dos principais temas de uma campanha presidencial ainda é raro em África. Mas a Zâmbia é um caso especial, por causa da importância do investimento chinês. No entanto, quanto mais eles vão ter a escala nas economias africanas, sem criar empregos sustentáveis ​​e semtransformar matérias-primas locais, maior será o risco de populações revolta crescer e o uso de termos como "neo-colonialismo" vai se espalhar.

O ponto de vista de um intelectual como Sanusi Lamido deve fazer pensar os líderes chineses, como os da África. Mr. Lamido sabe que com o crescimento da população de seu país, ele precisa da economia nigeriana cria postos de trabalho e do desenvolvimento sustentável não apenas na colheita importante gerado pelas receitas do petróleo, gás e mineração. No entanto, disse ele, de Pequim, que se tornou um grande jogador, na Nigéria e na África, não basta jogar o jogo Esta estratégia econômica denuncia cria condições de instabilidade e revoltas a população mais grande e jovem no mau emprego por causa da ausência quase total de um setor industrial no continente. Mr. Lamido tenta por seu apelo paraentender que a taxa de crescimento maravilhoso na África nos últimos dez anos não criar empregos suficientes. A culpa é dividido igualmente entre os Estados africanos (ele limpa em nada) e novos investidores, como a China, que não têm um comportamento melhor do que as potências ocidentais, enquanto eles navegam na imagem de uma sociedade mais equilibrada, com a África.

China não tem outra estratégia para colocar em seu interlocutor, na África como em outros lugares. Assim, beneficia de baixas velocidades, como Mamadou Tandja no Níger em 2008 para negociar contratos favoráveis ​​com o Estado.Situação inimaginável na Nigéria ou Angola . Assim, os Estados africanos acolocar na China e negociar parcerias de igual para igual.

Se essa mudança não acontecer rapidamente, os africanos irão lembrar seus líderes.

Nota do Novas da Guiné-Bissau

Tradução automática do Google contém alguns erros mas dá para entender.

António Indjai no seu melhor, a justificar o que não tem justificação

Indjai, o desafiador

No decurso de uma reunião dos serviços secretos militares e civis em Bissau, o chefe do estado-maior da Guiné-Bissau, general António Indjai teceu algumas considerações sobre a situação política no seu país.O responsável militar guineense acusou nomeadamente os dirigentes políticos locais de não amarem a sua pátria e de se preocuparem antes com o seu bem-estar.


Nos útimos tempos, o general Indjai que após a prisão pelos americanos do almirante Bubo Na Tchuto, foi igualmente acusado pela justiça dos Estados Unidos de estar envolvido no narcotráfico, declarou que só abandonará as suas actuais funções se for exonerado por um futuro presidente-eleito.


Indjai é contestado por vários círculos políticos da Guiné-Bissau e tido pela comunidade internacional como um entrave à reforma das Forças Armadas do seu país. Sem ter feito uma alusão específica a Bubo Na Tchuto, o general Indjai afirmou que ele não é indivíduo a deixar-se capturar preferindo antes matar-se.

Para OUVIR esta pouca vergonha, carregagar em baixo

António Indji no seu melhor

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Reunião do Conselho Superior da Defesa Nacional na Guiné-Bissau

Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau
Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau

O conselho Superior de Defesa da Guiné-Bissau esteve reunido esta quinta-feira no intuito de analisar a situação de militares cujos salários não correspondem às suas respectivas patentes.

 

De acordo com o Ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de transição e porta-voz desse encontro, Delfim da Silva, esta reunião convocada pelo Presidente de transição tinha como único propósito abordar a questão das promoções militares, este aspecto tendo sido resolvido, segundo afirma o governante.

Contudo, desta reunião de alto nível também não estiveram ausentes outros assuntos que dominam a actualidade do país, nomeadamente a organização das eleições gerais fixadas para o dia 24 de Novembro, o Ministro Delfim da Silva tendo reiterado que o escrutínio é mantido na data prevista.

“Para o que fazem já recebem muito”

Ministro Delfim da Silva em declarações recolhidas pelo correspondente da RFI em Bissau Mussá Baldé
 
(01:26)
 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Crianças de Bissau ocupam férias com trabalhos manuais, danças e regras de comportamento

*** Mussá Baldé, da agência Lusa ***

Bissau, 21 ago (Lusa) - Crianças da capital da Guiné-Bissau estão a aproveitar os dias de férias escolares para aprender trabalhos manuais, adquirir regras básicas de comportamento em sociedade e mostrar os dotes para a dança e canção.

As atividades decorrem na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, no bairro de Chão de Papel/Varela, subúrbios de Bissau, local que junta mais de 200 crianças durante um mês para o 'Djumbai' (Entreter), projeto com mais de 10 anos e apoiado pelos padres Josefinos.

A particularidade do projeto 'Djumbai' é que aceita crianças de todos os bairros, dos sete aos 12 anos, de diferentes crenças religiosas, contou à agência Lusa a animadora-chefe, Etiandra Lopes Silá.

"Aqui não há só crianças católicas: temos muçulmanas e aquelas que não professam nenhuma religião", referiu.

"O que queremos aqui é juntá-las para lhes ensinar coisas práticas da vida e regras de comportamento social", explicou Etiandra Silá.

Por estes dias, quem passar junto à Igreja do Carmo, pode até ficar espantado com o barulho e quantidade de crianças que se vê no local.

Vestidas de verde, azul, amarelo e vermelho, elas cantam, dançam, participam em jogos e ainda recebem aulas de como fazer renda, croché, almofadas ou esculpir madeira para criar objetos artísticos e decorativos.

Em cada dia, antes ainda de regressarem a casa, participam numa aula aberta sobre comportamento, onde conversam sobre temas como o respeito pela palavra, o respeito pelos mais velhos, a honra, a dignidade e o orgulho nacional.

A agência Lusa assistiu a uma sessão do 'Djumbai', em que os mais novos seguem com atenção a aula prática, mas a animação atinge o auge nos jogos, concursos de dança e canção.

Mesmo a presença do padre Ilídio, pároco brasileiro da Igreja, não inibe os jovens de se exibirem.

Mal a animadora-chefe anuncia ao microfone que vai ter início o concurso de dança, a Igreja transforma-se numa discoteca com pares de crianças e adolescentes agarrados para ver quem levará a melhor na dança da Tarraxinha, do Kuduro, do Lendjô ou do Zouk Love: o par vencedor segue para a ronda seguinte.

A ideia é no final eleger os melhores alunos em todos os domínios do 'Djumbai', numa sessão que será presenciada pelos pais e em que vão ser anunciadas as notas e vendidos objetos feitos por cada um.

As receitas revertem para o 'Djumbai' do próximo ano.

Delegação internacional pede «vontade política» no combate às drogas

Foto de arquivo (foto AP)

Uma delegação da Comissão de Combate às Drogas na África Ocidental apelou a uma maior «determinação e vontade política» por parte das autoridades da Guiné-Bissau na luta contra o tráfico e consumo de drogas.


A missão é liderada pelo ex-presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo, que dirige a comissão criada pelo antigo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Também a ativista do Burkina Faso Christine Kafondo integra a missão, bem como o médico e líder juvenil guineense Alpha Diallo.


«É necessário que o país demonstre determinação e vontade política para lutar contra este flagelo», disse Christine Kafondo em conferência de imprensa, na qual foram apresentadas as recomendações feitas às autoridades de transição da Guiné-Bissau.


«É um problema reconhecido pelo Estado e, como dizem os médicos, o diagnóstico está feito. Isso quer dizer que estamos prontos para chegar a uma solução, para começar o tratamento», disse, por seu turno, Olusegun Obasanjo, adiantando que a «solução passa exatamente pela vontade política» e por «ver quais são os problemas e levá-los à justiça».


A missão recomendou às autoridades guineenses que recebam «assistência especial da comunidade internacional», tendo em conta a falta de recursos para patrulhar a região.


A Comissão de Combate às Drogas na África Ocidental sugeriu, ainda, que a Guiné-Bissau avance com investigações no terreno para se averiguar sobre a «real situação de consumo e tráfico» de droga.

Guiné-Bissau recebe ajuda alimentar do Senegal

A Guiné-Bissau recebeu quarta-feira do Senegal ajuda alimentar e agrícola num valor superior a 300 milhões de francos CFA (cerca de 460 mil euros), disse à agência Lusa uma fonte governamental.

O apoio é constituído por diversos produtos agrícolas, tais como sementes de alimentos, alfaias e adubos, e foi entregue ao ministro do governo de transição guineense com a pasta da agricultura, Nicolau Santos, na povoação de Kolda, no Senegal.

O auxílio surge em resposta ao pedido de ajuda internacional lançado pela Guiné-Bissau devido aos fracos rendimentos obtidos pela população rural na campanha de caju, que é uma das principais fontes de receita do país.

Devido à "má campanha" deste ano, os camponeses tiveram que comer as sementes que iriam usar na lavoura, ou seja, há risco de "penúria alimentar", referiu o ministro de transição ao justificar o apelo à ajuda internacional.

Os produtos hoje recebidos vão ser conduzidos para Bafatá, no centro da Guiné-Bissau, e dali serão distribuídos por todo o país, acrescentou.

É a segunda vez que o Senegal responde com ajuda agrícola de grande dimensão à Guiné-Bissau, depois de em 2005 ter encaminhado técnicos e meios de combate a uma praga de gafanhotos que afectou o país lusófono.

Devido à crise deste ano, também o embaixador da China em Bissau, Wang Hua, anunciou no início de Agosto a entrega de "uma ajuda directa em cereais", num montante a definir entre os dois países.

Rui Fonseca, encarregado da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em Bissau, disse na segunda-feira à agência Lusa que a situação de carência alimentar severa está a aumentar no país e já deve afectar pelo menos 260 mil pessoas.

A situação vai ser detalhada num "inquérito aprofundado de avaliação da segurança alimentar em situação de emergência", cuja equipa de inquiridores, constituída por cerca de 30 pessoas, começaram hoje a receber formação na capital do país. 

O inquérito vai decorrer em todo o país entre 26 de Agosto e 7 de Setembro, numa organização conjunta da FAO, do Programa Alimentar Mundial (PAM) e da Plan-International Guiné-Bissau, organização de apoio às crianças.

Após conhecer o pai, brasileira vai defender a Guiné-Bissau no Mundial de Judo

taciana lima judo guiné-bissau (Foto: Reprodução/Twitter)Taciana com as bandeiras da Guiné-Bissau
e do Brasil (Foto: Reprodução/Twitter)

A judoca Taciana Rezende de Lima Baldé, de 29 anos, não terá vida fácil no Mundial de judô do Rio de Janeiro, que começa na próxima segunda-feira, no Maracanãzinho. Judoca do peso ligeiro (48kg), ela está na chave da atual campeã olímpica, a brasileira Sarah Menezes. Nascida em Olinda, em Pernambuco, e morando há anos em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Taciana é uma brasileira genuína, mas defenderá outro país na competição: a Guiné-Bissau. E a opção da atleta de competir por outra bandeira tem tudo a ver com seu pai, que é do país da costa ocidental da África, colônia de Portugual, com 1,5 milhão de habitantes e uma grande variedade de etnias.

A história é bastante curiosa e remete aos anos 80. Naquela época, o jovem Óscar Suca Baldé, que veio da Guiné-Bissau para fazer faculdade de Engenharia no Brasil, conheceu a mãe de Taciana. Os dois se apaixonaram, e a moça engravidou. Mas, ao término dos estudos, o africano precisou voltar para seu país. Com o tempo, os dois perderam completamente o contato. Ele nem ao menos sabia o nome da filha e chegou a voltar ao país três vezes, mas não conseguiu contato, já que Taciana se mudou com a mãe e o padrasto para o Rio Grande do Sul.

Judô Taciana Lima com o pai (Foto: Reprodução/Facebook)

Taciana (sorrindo com medalha de cordão preto) e o pai (de terno preto) (Foto: Reprodução/Facebook)

- Sou pernambucana. Meu pai estudou no Recife. Eles namoraram, e ela ficou grávida. Ele terminou a faculdade e voltou. Quando ela estava grávida, perderam contato. Viemos morar no Rio Grande do Sul porque meu padrasto foi transferido. Meu pai veio ao Brasil três vezes procurar, mas não achou - comentou a simpática Taciana.

Foi aí que, em 2007, ela teve um estalo. E se buscasse o nome do pai na internet? Como Óscar Suca Baldé foi ministro da Pesca em seu país, não foi difícil encontrá-lo. Ela entrou em contato com a embaixada e, no dia seguinte, conseguiu falar com ele pela primeira vez. A emoção e a expectativa de encontrá-lo pessoalmente foram alimentadas por conversas virtuais e por telefone até dezembro de 2012, quando, finalmente, Taciana viajou à Guiné-Bissau para passar o ano novo com seu pai e conhecer o país.

- Em 2007, eu achei na internet porque ele foi ministro. Liguei na embaixada. No outro dia, eu consegui falar com ele por telefone. A gente só se viu em dezembro de 2009. Passamos o ano novo juntos para que eu pudesse conhecê-lo pessoalmente e também o país. Se ele soubesse meu nome antes, colocaria na internet e me acharia fácil, porque luto desde 1998. Mas ele não sabia - lamentou a judoca.

Taciana Lima na luta de judô (Foto: Fotocom.net)Taciana Lima, que já defendeu o Brasil, agora é Guiné-Bissau (Foto: Fotocom.net)

Na Guiné-Bissau, Taciana foi apresentada a uma nova cultura e a uma realidade completamente diferente no esporte. Quase não há praticantes de judô por lá. Para se ter uma noção, o país teve apenas quatro atletas em toda a sua delegação nas Olimpíadas de Londres, no ano passado. Em março de 2013, surgiu a ideia da naturalização. Afinal, a judoca, que nunca foi aos Jogos pelo Brasil, poderia ter mais chances do outro lado do oceano. Mais do que isso, os habitantes do país africano têm agora a chance de ter um ídolo.

taciana lima judo guiné-bissau (Foto: Reprodução/Facebook)

Com quimono da Guiné-Bissau, Taciana se
prepara para torneio (Foto: Reprodução/Facebook)

- Conheci a cidade, a história do país. Eles não possuem exemplos esportivos, não tem cultura esportiva. Você fala aqui da ginástica, tem algum atleta referência, do vôlei, da natação, também. Fui para lá com o intuito de conhecer meu pai. Em março, decidi que podia unir o útil ao agradável - disse Taciana.

Dois anos depois de ser flagrada em um exame antidoping, ela deu a volta por cima subindo ao topo do pódio no Campeonato Africano de judô, disputado em Moçambique, em maio deste ano. Além disso, levou o European Open, em Lisboa. No primeiro caso, ela sentiu na pele a emoção de ser idolatrada pela torcida. Taciana conta que recebeu mensagens e o carinho dos fãs da Guiné-Bissau.
A emoção foi grande também ao possibilitar que eles escutassem o Hino do país em uma competição esportiva. E a identificação a impulsionou a já fazer planejamentos para o país no futuro. Quando se aposentar dos tatames, fará um projeto para dar aulas de judô para crianças na Guiné-Bissau.

- Foi a primeira coisa que passou na minha cabeça. Lá você não vê as pessoas praticando judô, nem nada. A educação física deles na escola é ginástica. Eu penso sim em montar um projeto lá para na Guiné-Bissau para crianças no futuro - concluiu Taciana.

A judoca de Guiné-Bissau compete no Mundial de judô do Rio já na próxima segunda-feira, quando os judocas das categorias ligeiro (48kg e 60kg) entram no tatame do Maracanãzinho. Pelo Brasil,

Fonte: Globo Esport

Sarah Menezes e Felipe Kitadai.

Botché Candé apoia candidatura de Domingos Simões Pereira

Bissau - O deputado e membro do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Botché Candé, aderiu ao colectivo de apoio ao candidato Domingos Simões Pereira, segundo comunicado enviado esta quarta-feira, 21 de Agosto.

Botché Candé justificou a decisão de aderir ao projecto do candidato Domingos Simões Pereira, denominado «Maior Coesão do Partido, Futuro Melhor para a Guiné-Bissau», dizendo que «já chegou o momento em que não devemos deixar que qualquer pessoa lidere o PAIGC, para amanhã vir a ser o nosso Primeiro-ministro.

Queremos a unidade do partido e o desenvolvimento do país. São essas as fortes razões porque estou hoje aqui».
Sobre o candidato, o deputado reconhece que este «reúne todas as capacidades técnicas e é um líder à altura e ideal neste momento para o PAIGC».


Oriundo do Sector do Ganadu, região de Bafatá, Botché Candé aderiu ao partido através de uma mobilização da JAAC (Juventude Africana Amílcar Cabral), ainda durante a guerra, nas Zonas Libertadas. Após a independência ocupou vários cargos políticos no partido. Foi ministro dos sectores do Comércio, Indústria, Turismo e Artesanato. Actualmente é deputado, membro do Bureau Político e Coordenador da Província do Leste do PAIGC.


Outras figuras do partido, entre militantes e dirigentes, têm aderido ao Colectivo de Apoio a Domingos Simões Pereira, tais como Bacíro Dja (membro do Bureau político e ex-candidato às Presidências de 2008), Mário Dias Samy (membro do Bureau político e ex-governante), António Tomaz Barbosa (membro do partido), e Rui Diã de Sousa (membro e Presidente do grupo Parlamentar do PAIGC).

Ramos-Horta defende que guineenses devem deixar de continuar em instabilidade

Ramos Horta ex- chefe de Estado de Timor Leste

Lisboa - A Guiné-Bissau "não pode dar-se ao luxo de continuar em instabilidade", porque não existem recursos internacionais "para continuar indefinidamente a financiar um regime de transição", advertiu o representante da ONU José Ramos-Horta.

 
Após um encontro quarta-feira com o presidente do conselho de administração da agência Lusa, em Lisboa (Portugal), o ex-chefe de Estado de Timor-Leste falou sobre a situação na Guiné-Bissau, onde exerce funções actualmente, como representante do secretário-geral das Nações Unidas.

 
Rejeitando "dramatizar declarações da entidade a, b ou c", Ramos-Horta foi, no entanto, claro na mensagem: a actual situação política na Guiné-Bissau "é inaceitável", tanto para os guineenses, como para a comunidade internacional.


Nesse sentido, todos os dirigentes guineenses têm de "medir bem as palavras" e "procurarem entender-se, trabalharem juntos afincadamente", para estabilizar o país, vincou.

 
"A Guiné-Bissau precisa do apoio da comunidade internacional e, para que esse apoio venha, os políticos guineenses, incluindo os militares, têm que se entender e contribuir para apaziguar os ânimos e não para exacerbar as tensões", sustentou Ramos-Horta, que visitou a sede da agência de notícias portuguesa.

 
"Estamos em pleno século XXI, a Guiné-Bissau não pode dar-se ao luxo de continuar em instabilidade, porque a comunidade internacional, incluindo a regional, não tem recursos para continuar indefinidamente a financiar um regime de transição", avisou o representante das Nações Unidas.

 
Só num contexto de estabilidade será possível garantir financiamento internacional para depois das eleições,
período que Ramos-Horta antecipa de "maior dificuldade", nomeadamente na formação do governo.

 
"Quem vai ser primeiro-ministro?, quem vai ser presidente da República? Têm que ser pessoas que saibam unir o povo, que saibam fazer pontes, sarar as feridas e levar a Guiné-Bissau para a frente", defendeu.

 
Sobre o orçamento definitivo para a realização das eleições gerais na Guiné, agendadas para 24 de Novembro, Ramos-Horta continua a não dispor de "números precisos".

 
Confirmando que deverá rondar, "mais ou menos", os 13 a 15 milhões de dólares, Ramos-Horta disse que o orçamento ainda está a ser definido pelas autoridades guineenses e pelas Nações Unidas.
A concretização do montante "é urgente" para "mobilizar o financiamento necessário", reconheceu, confirmando que, até este momento, foram canalizados apenas três milhões de euros, "nem sequer um terço do que é necessário".

Reconhecendo "a grande demora" e os "atrasos" no processo, o representante das Nações Unidas responsabiliza os políticos guineenses por "não conseguirem chegar a acordo", enumerando alguns exemplos: o governo de inclusão prometido para Abril só se concretizou em Junho; ainda estão a ser debatidas emendas à lei eleitoral; e o processo de recenseamento ainda não começou.

 
"Estamos a trabalhar contracorrente para cumprir o prazo, a data das eleições, para não defraudar os próprios guineenses", vincou.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Ministro da Função Pública exonera por despacho Director Nacional do Instituto de Segurança Social

Iaia-Djaló-Instituto-de-Segurança-SocialBissau O ministro da Função Pública exonerou terça-feira, por despacho, o Director Nacional do Instituto de Segurança Social, Iaia Djaló, neste momento ausente do país.

O ministro da tutela nomeou provisoriamente para o lugar de Iaia Djaló, o ex-Director-Geral do INACEP, Marcelino Tavares.

O despacho de Aristides Ocante da Silva poderá ser confirmado na reunião do conselho de ministros desta quarta-feira, 21 de Agosto de 2013.

Também esta quarta-feira, o conselho de ministros poderá pôr fim à novela na APGB, com a nomeação de um novo director-geral.

A imprensa soube que nem o Augusto Cabi nem o Augusto Manjur se manterá nessa direcção, mas um novo nome será indigitado para esse posto de Director-Geral da Administração dos Portos da Guiné Bissau.

A imprensa pôde igualmente visitar as instalações da APGB tendo constatado que todos os serviços funcionavam normalmente salvo o gabinete do director-geral que continua fechado.

Na tarde de segunda-feira, quando tudo parecia voltar à normalidade, um grupo de militares irrompeu no local e mandou o  novo Director-Geral indigitado ao posto provisoriamente pelo ministro Orlando Mendes Viegas a abandonar as instalações.

Comissão Oeste Africana contra a Droga Ex-Presidente da Nigéria visita a Guiné-Bissau

Bissau - Uma delegação da Comissão Oeste Africana contra a Droga está na capital guineense, no âmbito da primeira deslocação do organismo ao país.

Trata-se de uma medida lançada em Janeiro por Kofi Annan, ex-Secretário-Geral das Nações Unidas e Prémio Nobel da Paz, na tentativa de resolver os problemas relacionados com a droga na África Ocidental e o seu impacto na segurança, na governação e na saúde pública.

Durante três dias, a delegação vai reunir com as autoridades guineenses e com organizações internacionais e regionais sediadas em Bissau, bem como com as organizações da sociedade civil.
Sob a liderança do ex-Chefe de Estado nigeriano, Olusegun Obasanjo, na qualidade de Presidente da própria Comissão Oeste Africana Contra Droga, a visita da delegação, combinada com actos de averiguação dos relatórios de peritos, irá contribuir para a compreensão do impacto do tráfico e consumo de drogas na região, incluindo a Guiné-Bissau, e ajudar a formular as suas conclusões e recomendações que serão divulgadas num relatório oficial, no início de 2014.


De referir que os objectivos da estrutura se enquadram num contexto preocupante, sobretudo quando, nos últimos anos, grupos de crime organizado operam intensamente na zona Oeste Africana, para garantirem a passagem segura de carregamentos de droga pela região, aumentando o consumo local destas substâncias.


Dados indicam que, durante a última década, várias iniciativas têm sido lançadas para combater esses perigos. No entanto, especialistas na área reunidos em Dakar, em Abril de 2012, advertiram para que os problemas são cada vez mais graves. Na altura pediram um esforço renovado e concertado para se lidar com o tráfico e a dependência.


Os peritos recomendaram a criação de um grupo de alto nível de «campeões» independentes liderados por países da sub-região, para mobilizar a atenção dos políticos e encontrar respostas concretas a esses desafios.


A Fundação Kofi Annan, em cooperação com parceiros internacionais e regionais, com Governos nacionais e organizações da sociedade civil, aceitou assumir a liderança na criação desta Comissão Oeste Africana Contra Droga na África Ocidental.


Um dos principais objectivos é mobilizar a consciência pública e o compromisso político através de uma campanha para sensibilizar o público sobre o impacto do tráfico de drogas, bem como informar e aconselhar os líderes políticos e o público em geral sobre os meios eficazes e humanos para combater a dependência das drogas.


Até ao final de 2013, a Comissão irá analisar os problemas do tráfico e da dependência, a fim de entregar um relatório oficial e as recomendações políticas abrangentes, isto depois da realização de uma ampla consulta aos Governos, organizações regionais, instituições internacionais e cidadãos interessados.